Lula classificou esta quarta-feira (30) como o “dia sagrado da soberania”, em referência às recentes ações dos Estados Unidos de punir por, dentre outras coisas, ataque os direitos humanos, Alexandre de Moraes.
A declaração de Lula ocorreu na saída de um evento de sanção de uma lei que proíbe o uso de animais em ensino, pesquisa e testes com cosméticos. “A gente conseguiu, às 17 horas, sancionar uma lei que defende a soberania animal"..." As criaturas que têm como habitat natural o planeta Terra, ou seja, não vão ser mais cobaias de experiências nesse país”, disse o presidente.
O petista complementou que estava apressado para uma reunião sobre a “soberania do povo brasileiro em função das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos”. “Então, hoje para mim é o dia sagrado da soberania".
O governo de Donald Trump puniu o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky, legislação que visa punir estrangeiros. A decisão, publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano, afeta Moraes com o congelamento de bens e contas bancárias em solo ou instituições americanas.
Pouco depois, Trump assinou ainda uma ordem executiva impondo uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida, no entanto, prevê uma longa lista de exceções, incluindo suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.
Após as medidas, Lula convocou uma reunião de emergência com ministros para discutir as ações anunciadas pelos EUA. A previsão é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, participem do encontro, o advogado-geral da União, Jorge Messias, a secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e Sidônia Pereira, da Comunicação da Presidência.
Até agora, Lula nem tentou falar com Trump!
