Lei Magnitsky: entenda norma usada pelos EUA para punir Moraes

    30/07/2025 19h51 - Atualizado há 19 horas

    O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (30), a aplicação de sanções contra o Alexandre de Moraes, utilizando a Lei Magnitsky, mecanismo legal voltado a punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos ou corrupção.

    Com a medida, todos os eventuais ativos financeiros de Moraes em território americano ficam bloqueados, assim como empresas que possam ter ligação com ele. Além disso, cidadãos e empresas dos EUA estão proibidos de realizar transações comerciais com o magistrado.

    A decisão ocorre dois meses após o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicar que estudava acionar a Lei Magnitsky contra Moraes. No último dia 18, o ministro já havia tido seu visto para entrada nos Estados Unidos revogado.

    Rubio justificou a sanção citando o processo em curso no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que responde por suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

    Em comunicado oficial, o Departamento do Tesouro dos EUA detalhou que as sanções serão administradas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), responsável por fiscalizar e executar medidas desse tipo.

    No dia 17, reportagem do jornal The Washington Post revelou que novas sanções contra Moraes vinham sendo articuladas pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em conjunto com membros do governo de Donald Trump.

    O que prevê a Lei Magnitsky

    As sanções previstas pela Lei Magnitsky são consideradas severas, sendo por vezes descritas como uma verdadeira “pena de morte financeira”. Entre as principais consequências para quem é alvo da medida estão:

    • Bloqueio financeiro: A pessoa sancionada não pode possuir cartões de crédito emitidos por nenhuma das grandes bandeiras que operam nos Estados Unidos.

    • Restrições bancárias: É proibido manter contas em instituições financeiras norte-americanas. Caso algum banco permita a operação, ele próprio pode ser impedido de atuar nos EUA e ainda sofrer sanções secundárias.

    • Impacto global: Bancos e instituições financeiras ao redor do mundo podem ser obrigados a congelar ativos, encerrar contas e cancelar cartões de crédito vinculados ao sancionado.

    • Restrições de viagem: A lei também pode impedir a entrada da pessoa nos Estados Unidos ou resultar no cancelamento de seu visto.

    • Danos à reputação: O nome do sancionado passa a integrar uma lista que inclui indivíduos considerados violadores sistemáticos e graves de direitos humanos, o que gera forte impacto na imagem pública e nas relações comerciais internacionais.


    Notícias Relacionadas »
    BN Brasil Publicidade 1200x90
    Fale pelo Whatsapp
    Atendimento
    Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp