Atos por impeachment de Moraes e Lula mobilizam brasileiros

    03/08/2025 09h42 - Atualizado há 5 dias

    Brasileiros de direita e conservadores irão às ruas neste domingo (3) em manifestações nacionais que pedem o impeachment do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e do Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pela primeira vez, os atos serão pulverizados em todo o país, com mobilizações confirmadas em dezenas de cidades.

    Segundo o pastor Silas Malafaia, um dos principais organizadores, a iniciativa busca “marcar posição” contra o que chama de abusos cometidos por Moraes. A expectativa é que as recentes sanções aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o magistrado — que foi incluído na lista da Lei Magnitsky — aumentem a adesão aos protestos. As medidas impedem Moraes de entrar nos EUA, bloqueiam suas transações financeiras no país e proíbem relações comerciais com empresas americanas.

    “O chamado é para todo o Brasil: seja caminhada, carreata, motociata ou concentração nas praças, o importante é vestir verde e amarelo e ir às ruas. Diferente dos atos anteriores, que ocorreram apenas no Rio ou em São Paulo, agora a mobilização será nacional”, disse Malafaia.

    Bolsonaro não participará das manifestações devido às restrições impostas por Moraes, que o impedem de deixar sua residência em Brasília nos fins de semana. Ainda assim, aliados políticos se organizaram para representá-lo em diversas regiões.

    Em São Paulo, onde se espera a maior concentração, o ato será liderado por Malafaia e pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não deve comparecer por motivos médicos.

    “Nosso foco é defender a liberdade e protestar contra os absurdos da ‘Suprema Corte da Censura’”, completou Malafaia.

    Nikolas Ferreira, que também participará de ato em Belo Horizonte pela manhã, afirmou que “o momento é oportuno” para a mobilização. Ele protocolou na última quarta-feira (30) um novo pedido de impeachment contra Moraes.

    “Não se trata mais de denúncia isolada. O mundo está assistindo. Agora, oficialmente, uma das maiores democracias do planeta reconhece que há no Brasil um magistrado que viola direitos fundamentais, persegue opositores e destrói as bases do Estado de Direito”, declarou o deputado.

    Além de Moraes, os manifestantes também prometem levantar a bandeira do impeachment de Lula, embora lideranças da oposição reconheçam, nos bastidores, que a medida é improvável de prosperar até o fim do mandato presidencial.

    A mobilização contará com a presença de outros nomes ligados a Bolsonaro. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro estará em Belém para reforçar os atos no Norte; o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) participará da manifestação no Rio de Janeiro; Gustavo Gayer (PL-GO) estará em Goiânia; Luciano Zucco (PL-RS) em Porto Alegre; Magno Malta (PL-ES) em Vitória; e Rogério Marinho (PL-RN) marcará presença em Natal.

    “Basta de autoritarismo, censura e arbitrariedades. Queremos justiça, e ela começa com a anistia aos presos políticos”, disse Rogério Marinho.

    Apesar do foco no impeachment, a defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro também ganhará destaque. Segundo o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), a proposta será prioridade na retomada dos trabalhos do Congresso, em 4 de agosto.

    “Nosso item número 1 na pauta será a anistia dos presos políticos do 8 de janeiro. Não abriremos mão disso na Câmara nem no Senado”, afirmou Sóstenes.

    Aliado do PL, o Partido Novo também participa da organização das manifestações. Em nota, a sigla criticou a atuação do STF:

    “Está cada dia mais claro que o Supremo se tornou uma corte política, alinhada ao governo Lula. O próprio presidente já admitiu que só governa graças ao apoio do STF. Juntos, Executivo e Supremo têm rasgado a Constituição e cometido seguidos abusos de poder. Precisamos agir enquanto é tempo”, disse o partido.


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