“Nada há encoberto que não venha a ser revelado; nem oculto que não venha a ser conhecido.”
(Lc 12, 2)
Os imperadores romanos utilizavam o dedo polegar para decidir o destino dos gladiadores derrotados na arena do Coliseu. A vida ou a morte dos lutadores dependiam do pollice verso (em latim, polegar virado).
O excelente filme “O Gladiador” (2000) popularizou a versão de que o polegar voltado para cima representava a misericórdia para o derrotado e o polegar para baixo, sua morte. De qualquer modo, tudo estava nas mãos do governante.
Nas ditaduras modernas, ocorre a mesma coisa. A um simples gesto do tirano, vidas são destruídas, leis são pisoteadas e vozes são silenciadas, quiçá para sempre. E as cortes dos áulicos — inclusive e vergonhosamente o Senado — assistem ao bárbaro espetáculo em silêncio ou aplauso cúmplice.
Pelas mãos do Imperador Calvo, a lei, a justiça e a liberdade foram sepultadas em nosso país. A cada dia, ele comete novos delitos contra os direitos fundamentais — não aqueles que os homens criaram, mas os que Deus inscreveu no coração de todos nós.
Todo e qualquer direito, ensinava a filósofa Simone Weil, está subordinado a um dever. Portanto, se um direito — como a liberdade de expressão — foi estabelecido por Deus, os homens têm o dever de lutar por ele. É por isso que o país não pode mais aceitar os desmandos do Imperador Calvo, destruidor de nossa liberdade.
O Imperador Calvo foi a um Coliseu de nosso país e lá levantou o dedo médio para o público. Além do gesto evidentemente chulo, o que me chamou a atenção foi o sorriso da personagem.
Diferentemente do que se pode pensar, as pessoas não sorriem apenas com a boca, mas também, e principalmente, com os olhos. No Coliseu, os olhos do Imperador Calvo não eram de júbilo; eram de ódio. Um profundo e frigidíssimo ódio.
"O dedo médio erguido pelo Imperador não foi um gesto obsceno; foi uma declaração de guerra — e guerra ao próprio país que ele tiraniza"
O Imperador Calvo comanda a nação como um líder de torcida organizada, que enxerga em todo adversário alguém desprovido de qualquer caráter humano — alguém a ser eliminado da face da Terra.
Não foi por acaso que aquele dedo médio brotou de um punho cerrado. Sabe-se que o punho cerrado é o símbolo universal do socialismo, o sistema canceroso implantado em nosso país ao longo das últimas quatro décadas e que agora entra em sua fase de metástase totalitária, sob a tutela da escória comunista internacional.
Agora, nas ruas, precisamos retribuir àquele gesto e dizer, de uma vez por todas, que nenhum homem pode se arvorar em ocupar o papel de Deus. Aqueles que o fizeram sempre tiveram o mesmo destino: caíram do céu como um relâmpago.
Fora, Calvo!