Governadores, subostamente de direita, que cortejam o eleitorado bolsonarista para 2026, tipo Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Júnior, não comparecerão às manifestações convocadas contra atitudes do Supremo Tribunal Federal.
Os atos, que aconteceram neste domingo, pediram o fim da ditadura do Judiciário, o impeachment de Moraes e Lula e anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro.
A mobilização, que também denunciou perseguição judicial a aliados de Bolsonaro, foi marcada em meio ao tarifaço de Donald Trump sobre exportações brasileiras e as sanções do governo americano contra Moraes, celebradas pela direita.
Mesmo assim, os quatro governadores, todos cotados para disputar o Planalto, preferiram se manter afastados.
Tarcísio, que governa São Paulo, passa por uma cirurgia na tireoide justamente neste domingo. Goiás, por sua vez, justificou a ausência de Caiado por uma reunião previamente agendada. Ele afirmou ser “100% contra o tarifaço”, mas defendeu que este é um momento para diálogo com os Estados Unidos, e não para protestos.
“Acho que esse momento é de ação direta na interlocução com o governo americano. É momento de abrir espaço na conversa e não prejudicar empresas, nem empregos”, afirmou ao jornal O Globo.
Ratinho Júnior, governador do Paraná, disse que não participaria de manifestação pois estará em viagem pelo interior do estado. Romeu Zema, de Minas Gerais, não se manifestou oficialmente, mas confirmou que não participaria. Nenhum dos quatro comentou publicamente as sanções americanas contra Moraes.
O quarteto já havia participado de uma manifestação ao lado de Bolsonaro em abril, mas vem se distanciando gradualmente dos atos. No protesto de junho, apenas Tarcísio e Zema estiveram presentes, enquanto Caiado e Ratinho se ausentaram.