Presidente do PP diz que não adianta votar para impeachment de Moraes

    06/08/2025 14h24 - Atualizado há 2 horas

    Ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro e presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse, nesta quarta-feira (6/8), ao Contexto Metrópoles que o Congresso Nacional não tem votos para o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    O senador afirmou que não assinou o pedido contra o ministro do STF nem assinará, pois a pauta é “impossível”, já que são necessários 54 votos para Moraes perder o cargo.

    “Não assinei e não vou assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre. Porque é uma pauta impossível. Nós não temos 54 senadores para aprovar. E aqui fala uma pessoa que, durante meus 32 anos de mandato, se tornou uma pessoa muito pragmática. Não perco tempo com pautas que não vão ter sucesso”, declarou Ciro Nogueira.

    O presidente do PP rebateu a oposição sobre a “contagem de assinaturas”, porque, na prática, quem tem a prerrogativa de pautar impeachment de integrantes do STF é o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), independentemente da quantidade de apoios.

    “Nós não temos no atual Senado 54 senadores [apoiando o impeachment]. E eu conheço o presidente Davi Alcolumbre. Você pode chegar com 80 assinaturas, que não abre. É um poder do presidente do Senado. Então essa pauta, eu não vou perder tempo com ela”, argumentou.

    A oposição faz coro nas redes sociais por estar perto de 41 assinaturas para o pedido contra o ministro. No entanto, a maioria simples é necessária apenas para o processo ser aberto, caso seja pautado pelo presidente do Senado. No final do processo, são necessários 54 votos para que um ministro do STF deixe o cargo.

    No Congresso, deputados aliados do ex-presidente Bolsonaro estão ocupados dentro dos plenários da Câmara e do Senado condicionando, entre outros temas, a abertura de impeachment de Moraes, para liberar o espaço.

    Ao falar que só trabalha com pautas possíveis, Ciro Nogueira relembrou que trabalhou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que na época teve apoio político amplo.

    “Eu fui uma das pessoas responsáveis no impeachment da presidente Dilma, quando eu levei o Progressistas e os partidos de centro para […] vencer, quando nós tínhamos condição de vencer”, afirmou.


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