Uma mulher foi internada compulsoriamente por, no mínimo, um ano em um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, após ser acusada de perseguir e ameaçar um dentista por quase quatro anos no Litoral Norte de Santa Catarina. A medida foi determinada pela Justiça com base em laudo psiquiátrico que atestou sua inimputabilidade.
De acordo com denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), entre abril de 2021 e janeiro de 2025, a mulher enviou centenas de mensagens por e-mail e aplicativos de conversa, alternando conteúdos de cunho amoroso e ameaçador. Além disso, passou a frequentar locais ligados à rotina da vítima — como o consultório odontológico, a residência e ambientes de lazer —, violando sua privacidade e restringindo sua liberdade pessoal.
A partir de 2023, a perseguição passou a atingir também a namorada do dentista, que se tornou alvo de perfis falsos, publicações ofensivas e ameaças em redes sociais. Mesmo após a aplicação de medidas protetivas pela Justiça, a acusada continuou a desrespeitá-las, intensificando as ofensas e o assédio virtual.
Diante da reincidência e do descumprimento das determinações judiciais, a internação foi decretada e cumprida na manhã de 7 de agosto. A decisão ainda é passível de recurso.
