PESQUISA: Maioria dos brasileiros não confia na STF, aponta AtlasIntel

Fonte: AtlasIntel

    14/08/2025 18h58 - Atualizado há 4 horas

    A mais recente pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, divulgada nesta quinta-feira (14), expõe a crise de credibilidade que atinge o Supremo Tribunal Federal (STF). O levantamento revela que 51,3% dos brasileiros não confiam na Corte, contra 48,5% que ainda demonstram confiança — um empate técnico, mas com tendência de desgaste para o tribunal.

    O dado reforça uma percepção que já vinha crescendo desde o início do ano: a de que o Supremo, longe de ser um árbitro imparcial da Constituição, passou a atuar de forma política, acumulando poderes e intervindo em esferas que antes eram exclusivas do Executivo e do Legislativo.

    Ministros rejeitados pela opinião pública

    O descrédito não se restringe à instituição. Todos os 11 ministros do STF apresentam imagem negativa, segundo a pesquisa. Alexandre de Moraes, protagonista de decisões polêmicas e alvo de sanções internacionais, é o que aparece melhor avaliado — ainda assim, dividido entre 49% de imagem positiva e 51% negativa. Luís Roberto Barroso amarga 36% de aprovação contra 53% de rejeição. Edson Fachin, 32% contra 48%.

    Na prática, nenhum ministro consegue se sustentar como liderança de credibilidade nacional. A crise de confiança é generalizada e escancara o abismo entre a Suprema Corte e a opinião pública.

    Punições do 8 de Janeiro vistas como exageradas

    O levantamento também abordou a percepção dos brasileiros sobre os atos de 8 de janeiro de 2023. A maioria (62,3%) classificou as invasões como injustificáveis. No entanto, 51,1% consideraram exageradas as penas acima de 15 anos aplicadas a réus — um recado direto de que a população rejeita tanto os atos de vandalismo quanto os abusos punitivos do Judiciário.

    Um tribunal isolado

    Os números mostram que o STF caminha isolado, sem respaldo da sociedade que deveria representar. O discurso de “defesa da democracia” repetido pelos ministros não convence mais: o brasileiro enxerga parcialidade, perseguições políticas e decisões que ultrapassam os limites constitucionais.

    Com ministros rejeitados e maioria da população desconfiando da Corte, o Supremo enfrenta seu maior desgaste desde a redemocratização. A pesquisa confirma o que já se percebe nas ruas: para muitos, o STF deixou de ser um guardião da Constituição e se transformou no principal agente de instabilidade institucional do país.


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