Avião da CIA pousa no Brasil e levanta questionamentos sobre missão secreta

    20/08/2025 21h26 - Atualizado há 11 horas

    Um avião militar norte-americano, identificado como C-32B da Força Aérea dos EUA, conhecido mundialmente como “Avião Fantasma” por ser usado em operações da CIA e do Departamento de Estado, pousou em território brasileiro nesta terça-feira (19). A aeronave, um Boeing 757-200 sem identificação visível, chegou ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, após decolar de San Juan, em Porto Rico. Horas depois, seguiu para Guarulhos (SP), onde permanece até esta quarta-feira (20).

    Autorização e versão oficial

    Segundo informações das concessionárias e do Ministério da Defesa, a operação ocorreu com autorização prévia do governo brasileiro. A Embaixada dos EUA no Brasil informou que a passagem da aeronave está ligada a uma “missão diplomática”, com a finalidade de oferecer apoio logístico à missão diplomática americana no país, especialmente ao consulado em Porto Alegre.

    Histórico da aeronave

    O modelo C-32B, mantido pela Força Aérea dos Estados Unidos, é operado em situações especiais: transporte de diplomatas, equipes de ação rápida do Departamento de Estado, militares de elite e agentes da CIA em missões de alto sigilo. Sua presença fora dos EUA, por isso, costuma gerar especulações.

    Pressão política no Brasil

    A chegada do avião, no entanto, despertou reação no Congresso. Os deputados Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Glauber Braga (PSOL) protocolaram pedidos formais de esclarecimento aos ministérios da Defesa e de Infraestrutura. Eles cobram respostas sobre quem estava a bordo, qual a real missão da aeronave e se havia cargas transportadas. O governo federal tem até 30 dias para responder aos questionamentos.

    Missão de bastidores?

    Apesar da justificativa oficial, a presença do avião conhecido por ações secretas levantou dúvidas entre analistas de relações internacionais e segurança. Não é comum que aeronaves desse tipo façam escalas abertas em território brasileiro sem grande repercussão ou sem aviso prévio mais amplo.

    Enquanto a Embaixada dos EUA fala em logística diplomática, parlamentares da oposição insistem que o governo brasileiro precisa detalhar o episódio, sob risco de parecer subserviente a interesses externos.


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