A escolha do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do projeto de lei da Anistia (PL 2162/23) é, na prática, a confirmação de que a tão aguardada pacificação do país não acontecerá. O movimento é uma costura entre o regime Lula, o STF e lideranças que, ao invés de promoverem a reconciliação, trabalham para blindar seus interesses políticos e manter a narrativa que criminaliza milhões de brasileiros.
Não é segredo que Paulinho da Força atua em consonância com o Palácio do Planalto. Sua indicação não foi casual: significa a garantia de que qualquer possibilidade de uma anistia ampla, geral e irrestrita será bloqueada antes mesmo de chegar ao plenário. O deputado já declarou publicamente que não aceitará uma anistia real, reduzindo a proposta a “meios-termos” que não trarão alívio para pais e mães de família perseguidos injustamente após os atos de 8 de janeiro.
Ao rejeitar uma anistia verdadeira, a Câmara — sob a tutela do governo e do STF — fecha a porta para a pacificação nacional. Em vez de unir, opta por manter o clima de perseguição e divisão, reforçando a desconfiança da população em suas instituições. O recado é duro: a classe política prefere servir ao projeto de poder do presidente Lula do que estender a mão para a reconciliação dos brasileiros.
A relatoria de Paulinho da Força não representa diálogo, mas sim um acordo para sufocar a anistia. O Brasil perde mais uma oportunidade histórica de virar a página, escolher a paz e construir uma convivência política baseada no respeito à pluralidade. Com essa indicação, fica evidente que a “anistia” em debate não passará de uma farsa, planejada para enganar a sociedade enquanto mantém intacto o controle do governo e do STF sobre o destino dos cidadãos.