Gilmar Mendes voltou a agir como porta-voz da quadrilha de toga. Dessa vez, o indivíduo ministro escancarou a proposta de criar uma “lei anti-embargos” para blindar seus comparsas de sanções internacionais, como a que atingiu Alexandre de Moraes pela Lei Magnitsky.
O objetivo é simples: garantir que os chefões do Supremo continuem intocáveis, mesmo quando abusam do poder e violam direitos fundamentais.
O funcionamento é idêntico ao de uma organização criminosa. Quando um dos capos é atingido, todos se mobilizam para criar um escudo coletivo. A “famiglia” do Supremo, em vez de fazer justiça, prefere articular mecanismos para se proteger como se fosse um bando mafioso. A blindagem proposta por Gilmar é nada além de uma manobra de autopreservação, que transforma o país em um bunker para togados fora da lei.
Enquanto cidadãos comuns são esmagados por multas, processos, sanções e prisões, os mafiosos da toga tramam leis para garantir que nada os atinja.
É a institucionalização da impunidade, a prova de que a casta judicial não se enxerga como parte da sociedade, mas como um grupo acima dela. Eles punem, censuram, prendem, mas quando o risco bate à porta, correm para o Congresso pedir uma redoma legal que os mantenha intocáveis.
O STF já não age como corte, mas como quadrilha organizada. Eles se protegem mutuamente, intimidam adversários e criam mecanismos para escapar de qualquer tipo de responsabilização.
O Brasil, nas mãos dessa turma, corre o risco de se transformar em território controlado por uma máfia institucional que se esconde atrás da toga para exercer poder absoluto.
Se o Congresso ceder a esse teatro, a mensagem será clara: os ministros podem tudo, até legislar em causa própria. Restará ao povo apenas assistir ao espetáculo deprimente de uma casta que não serve ao país, mas apenas a si mesma.
*Imagem IA