Justiça italiana barra extradição e desmoraliza ofensiva de Moraes contra ex-assessor

    01/10/2025 18h59 - Atualizado há 2 horas

    O Tribunal de Catanzaro, na Itália, impôs medidas restritivas ao ex-assessor Eduardo Tagliaferro, mas rejeitou de forma categórica o pedido de extradição feito por Alexandre de Moraes. A decisão desmoraliza a tentativa do ministro de usar a cooperação internacional como extensão de sua cruzada persecutória contra opositores políticos.

    O tribunal determinou o “obbligo di dimora” em Torano Castello (CS), a retenção do passaporte e a proibição de saída do território italiano. Tagliaferro deverá se apresentar diariamente ao posto dos Carabinieri, manter endereço atualizado e comunicar previamente qualquer mudança de residência. A medida tem caráter temporário e pode ser revista pela Justiça italiana a qualquer momento.

    A defesa relatou que Tagliaferro foi conduzido apenas para ser notificado oficialmente, após manobra articulada por Moraes no processo que ele controla no Brasil. Depois disso, voltou para casa. Segundo o advogado Eduardo Kuntz, trata-se de uma medida burocrática, sem ligação direta com a acusação arbitrária imposta pelo ministro.

    No programa ALive, o jornalista Claudio Dantas denunciou o pedido de extradição e classificou as investidas de Moraes como típicas de regimes autoritários. Parlamentares e juristas também têm reforçado as críticas, apontando que o ministro usa o STF como instrumento pessoal de perseguição política, em especial nos inquéritos ligados aos atos de 8 de Janeiro.

    A defesa poderá recorrer às cortes italianas para tentar derrubar as cautelares. Enquanto isso, no Brasil, o processo segue nas mãos de Moraes, que coleciona denúncias de abuso de poder e manipulação judicial em sua cruzada contra adversários.


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