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16/10/2022 às 10h38min - Atualizada em 16/10/2022 às 10h38min

Nova leva de migrantes venezuelanos chega ao Brasil ainda mais miserável

FUGA EM MASSA. É isso que você quer para o Brasil?

Depois de passar por Colômbia, Peru e Bolívia, o venezuelano Magdiel León, de 30 anos, chegou ao Brasil, especificamente a Campo Grande (MS), por terra e com R$ 15 no bolso. Isso foi há dois meses e meio, numa quarta — e não se sabe se última — tentativa de ter acolhimento e uma vida digna fora do contexto de crise econômica e social de seu país de origem. Por aqui, somente na semana passada ele conseguiu sair de um abrigo e alugar um quarto por R$ 400 mensais, que paga fazendo bicos como pintor. Não sobra dinheiro para mais. Tem dia em que a refeição é apenas uma garrafa de refrigerante. Conseguiu acesso ao SUS, mas há dois meses espera a confirmação de uma consulta de oftalmologista. Mas ele está otimista e confia em ser, como muitos de seus compatriotas, incluído entre os beneficiários do Auxílio Brasil.

León integra o que é considerada uma terceira onda de imigrantes que vem chegando em massa ao Brasil, em condições precárias e enormes dificuldades. De uma população de 28,4 milhões de venezuelanos, 7,1 milhões já estão fora de seu país. O drama destes imigrantes e refugiados já supera os da Síria (6,6 milhões) e Ucrânia (6,8 milhões), de acordo com dados da Organização de Estados Americanos (OEA). Somente no Brasil, já estão mais de 365 mil venezuelanos, muitos atraídos pelos benefícios sociais. Cerca de 7.500 são indígenas.

No novo cenário deste grupo, a comida é escassa e a fome, fantasma permanente. Faltam também recursos para atender emergências de saúde, as primeiras semanas e meses são vividos em abrigos e nas ruas, e a prostituição se tornou alternativa comum — ou armadilha lançada por brasileiros que se aproveitam da fragilidade dos imigrantes.

— Tentaram me prostituir e fiz uma denúncia. Estão me ameaçando, mas não tenho medo — afirma León.

A grande maioria de imigrantes entra por Roraima, mas há venezuelanos vivendo em todos os estados do país, garante Maria Teresa Belandria, embaixadora do governo de Juan Guaidó no Brasil

— Primeiro vieram profissionais. Nos últimos três anos os imigrantes passaram a ser pessoas com menos recursos, e no último ano entraram pessoas da Venezuela profunda, para as quais é mais difícil se integrar — explica Belandria.

A embaixadora afirma que famílias inteiras rumaram para o país. Por vezes, em etapas.

— Aqui a obtenção de documentos é mais fácil, os venezuelanos não se sentem ilegais — diz Belandria, citando o trabalho da Casa Civil e da Operação Acolhida (implementada pelo governo federal, Exército e ONGs internacionais como a Acnur).

É ISSO QUE VOCÊ QUER PARA O BRASIL? PENSE BEM ANTES DE VOTAR!

 


 


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