Zambelli e Roberto Jefferson acabaram por retirar a reeleição de Bolsonaro. Isso é ponto pacífico dentre todos os Analistas do planeta.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem dito a pessoas próximas de seu círculo social que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) o traiu por ter feito um suposto acordo com o ministro Alexandre de Moraes, do STF(Supremo Tribunal Federal). A informação foi dada por interlocutores do ex-chefe do Executivo ao jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, Bolsonaro diz acreditar que a deputada fez um acordo com o ministro –que foi alvo de suas críticas durante a maior parte de seu governo– para que a congressista conseguisse retornar às redes sociais. O ex-presidente teria tido certeza do arranjo quando viu a notícia de que Moraes havia mandado desbloquear os perfis da congressista nas redes sociais.
De acordo com o jornal, interlocutores disseram que amigos e auxiliares do ex-chefe do Executivo viram a reação como “exagerada” e que creditava as falas a uma “paranoia” por parte de Bolsonaro, conhecido por só confiar na lealdade de seus filhos.
Em entrevista à Folha de S. Paulo,publicada na noite de 4ª feira (22.fev.2023), Zambelli criticou a atitude de Bolsonaro ao demorar para se pronunciar depois de sua derrota nas eleições de 2022. Conhecida por ser uma das fiéis apoiadoras do ex-presidente, a deputada disse ainda que, com a derrota dele, a direita tem que “virar a chave”.A congressista afirmou ser contra o impeachment de Moraes, pedido que foi mencionado várias vezes por Bolsonaro durante o final do governo.
“Qualquer impeachment no STF, o substituto vai ser indicado por Lula. Pode entrar uma pessoa que faça as maldades do Alexandre de Moraes parecerem uma criança chupando picolé” , declarou Zambelli.
Ela admitiu ter entrado em contato com Moraes para resolver o bloqueio de suas redes sociais: “Liguei e mandei um e-mail”. A deputada disse ainda que, dias depois, seus perfis foram devolvidos. “Estou à disposição dele para conversar”, acrescentou a deputada, que declarou que não é hora de “bater no STF”.