Um homem foi condenado nesta terça-feira (16/9) a 25 anos, 11 meses e seis dias de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado de uma vizinha, além de sete meses de detenção por dano ao patrimônio público, em julgamento realizado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Criciúma. O caso teve a atuação do promotor de Justiça Elias Albino de Medeiros Sobrinho.
Segundo a investigação conduzida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o crime ocorreu na manhã de 28 de fevereiro de 2025, no bairro Naspolini. O réu invadiu a residência da vítima e iniciou uma série de agressões. A mulher conseguiu escapar, mas, ao correr pela rua pedindo socorro, foi perseguida por cerca de 140 metros. Durante a fuga, foi brutalmente atingida diversas vezes com uma barra de ferro, não resistindo aos ferimentos.
O Conselho de Sentença reconheceu três qualificadoras:
Motivo torpe, em razão de desavenças por disputa territorial e pela denúncia da vítima contra o réu por crime de estupro;
Recurso que dificultou a defesa, já que o agressor estava armado e perseguiu a vítima em via pública;
Meio cruel, devido aos mais de dez golpes que causaram sofrimento desnecessário.
Além do homicídio, o réu foi responsabilizado por dano ao patrimônio público, pois cortou a tornozeleira eletrônica que utilizava em prisão domiciliar e fugiu após o crime.
Para o promotor Elias Albino de Medeiros Sobrinho, a sentença representa uma mensagem clara contra a violência extrema:
“O veredito é uma resposta firme da sociedade diante da brutalidade do réu e reafirma o papel do Tribunal do Júri em assegurar justiça às vítimas e seus familiares”.
O condenado segue recolhido no Presídio Regional de Criciúma, sem direito de recorrer em liberdade.