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22/01/2024 às 15h07min - Atualizada em 22/01/2024 às 15h07min

Defesa de Jocimar dos Santos pede inclusão do prefeito André Vechi na lista de depoentes da comissão processante

Por Thiago Facchini - OMunicípio

A defesa do vereador afastado Jocimar dos Santos (DC) formulou um pedido ao presidente da comissão processante, vereador Nik Imhof (MDB), em que solicita a inclusão do prefeito de Brusque, André Vechi (PL), na lista de depoentes da comissão, que investiga denúncia que pode cassar o mandato de Jocimar.


O Município teve acesso ao pedido da defesa. Vechi, na ocasião, substituiria o depoente Paulo Russi como testemunha. A reportagem fez contato com Nik antes do início dos depoimentos da comissão nesta segunda-feira, 22. O presidente confirmou o recebimento do pedido e disse que vai despachar ainda nesta segunda. Ele não adiantou a posição que tomará.


Além disso, a defesa pede a substituição do depoente Henrique da Silva Oliveira por Vilson Moresco, servidor da Prefeitura de Brusque. Por fim, a defesa solicita as filmagens do Parque Zoobotânico entre os dias 27 e 30 de novembro e 4 e 8 de dezembro.


“As razões para tal requerimento estão relacionadas à disponibilidade e conhecimento das provas para o esclarecimento da verdade no processo”, escreve a defesa, representada pelo advogado Richard Olivette.


Prisão de Jocimar


Jocimar foi preso em flagrante no dia 30 de novembro pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de rachadinha. A prisão aconteceu em frente ao Banco do Brasil, no Centro I, enquanto recebia parte do salário do suplente que ocupava o mandato provisoriamente, Eder, pois Jocimar estava licenciado do cargo.


Posteriormente, foi divulgado que Eder denunciou o caso ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) dias antes da prisão. Jocimar é o terceiro vereador preso durante o mandato na história de Brusque. Ele foi solto no dia seguinte após pagamento de fiança e afastado do mandato por ordem da Justiça.


Desde então, Jocimar optou pelo silêncio, até se manifestar cerca de 20 dias após a prisão. Eder, ainda quando ocupava o mandato, apresentou o pedido de cassação de Jocimar, aprovado pelo plenário da Câmara. Assim, foi formada a comissão processante que analisa a denúncia.


Após o período de licença de Jocimar, Eder deixou o cargo. Em razão do afastamento, porém, o então diretor-geral do Zoobotânico, Rodrigo Voltolini, primeiro suplente de vereador pelo DC, assumiu a cadeira de Jocimar na Câmara por tempo indeterminado.


Na primeira entrevista que concedeu à imprensa depois do episódio, Jocimar se defendeu. “Fui envolvido em um golpe terrível para destruir a minha imagem”, disse. A defesa alega que houve um conluio entre suplentes, inclusive com a suspeita da participação do hoje vereador Voltolini.


Voltolini negou a acusação. “Com os fatos que aconteceram até então e essa última situação agora, ele perde um grande amigo”, disse ao jornal O Município após a alegação da defesa. A esposa de Eder, Silvana Maria Fulgazza, também é apontada pela defesa como integrante do tal conluio.


Reações da política


Nos bastidores, a prisão de Jocimar pegou políticos de Brusque de surpresa. As informações começaram a chegar aos ouvidos de vereadores, assessores e servidores da prefeitura no início da noite do dia da prisão. Jocimar era membro da base de apoio do governo Vechi na Câmara.


Dias após a prisão, o prefeito se manifestou. Vechi, que antes de se filiar ao PL integrava o partido de Jocimar, disse que “qualquer relacionamento político com o vereador Jocimar está cortado”. Além disso, o prefeito afirmou que, caso fosse parlamentar, “avançaria na linha” de um pedido de cassação.


Outros depoentes


Ainda vão prestar depoimento à comissão Rudy Camillo, João Marcelo Zumblick, Alex Bonfim Reis, Rodrigo Voltolini, Maria Silvana Fugazza, Fabiana Gascoin, Wellen de Lima Godoy, João Fontoura, Natal Lira, Cleiton Schmidt, Sirley de Jesus Souza Mafra, Daniel da Maia Bueno e João Rossato.


A fase de depoimentos da comissão processante ocorre entre os dias 19 e 24 de janeiro. A comissão é formada por três vereadores, sendo presidida por Nik Imhof. O relator é Jean Dalmolin (Republicanos) e integra a comissão como membro Rogério dos Santos (Republicanos).


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