O senador Randolfe Rodrigues, como todo magnata do Senado Federal, tem uma equipe de assessores pessoais pagos diretamente por você.
Acendeu a luz de casa? Falou no celular? Pôs gasolina no tanque? Então: a cada vez que o cidadão faz qualquer coisa dessas, uma parte da quantia paga vai para o bolso do governo, e ali desaparece como um navio fantasma no Triângulo das Bermudas, no tempo em que havia o Triângulo das Bermudas.
Com um pedaço da sua cota, por exemplo, o senador paga uma equipe de 80 assessores pessoais, 48 dos quais nem sequer vão a Brasília. Ficam em Macapá, dando uma força quando Randolfe visita o seu Estado, ou em QAP, à escuta para qualquer coisa.
É, como em tantas outras despesas, o seu dinheiro sendo jogado fora.
Mas no caso do senador há um plus a mais. Pelo menos uma das suas funcionárias, como acaba de se saber, não aparece no escritório — nem no escritório de Macapá. Ganha quase R$ 18 mil por mês do Tesouro Nacional, mas dedica-se à ocupação de influencer de moda, malhação e drenagem linfática no horário em que deveria estar trabalhando.
No fim, resta apenas a evidência de que, muito além de inúmeros defeitos, o Randolfe é um moralista de araque, que ama apontar o dedo na cara dos outros, mas não cuida do próprio rab....