O modo de atuação firme e rescisão de contratos podem ter motivado o ataque a tiros contra a casa do ex-secretário de Blumenau, Michael Maiochi, em fevereiro. Nesta quarta-feira (19), a Polícia Civil deflagrou a “Operação Publicis”, cumprindo 15 mandados de buscas e apreensão contra oito suspeitos de envolvimento nos disparos de arma de fogo.
Os mandados foram cumpridos em Blumenau, Indaial, Timbó e Pomerode. A motocicleta utilizada pelos autores dos disparos, duas armas de fogo e R$ 4 mil foram apreendidos pelos policiais. Documentos e aparelhos celulares também foram alvos da operação, e ainda devem ser analisados e periciados. A operação ainda está em andamento.
Ataque a tiros contra casa de ex-secretário
De acordo com a ocorrência registrada pela Polícia Militar na época do ataque a tiros, o ex-secretário se preparava para dormir, quando escutou quatro disparos e foi verificar as imagens da câmera de segurança.
No dispositivo, dois homens em uma Honda Biz, efetuaram os disparos em direção ao portão da casa do ex-secretário, atingindo o portão frontal, o para-choque traseiro do veículo e a parede da residência.
De acordo com a Polícia Civil, o motivo do ataque a tiros contra a casa de Maiochi ainda é um mistério, mas segundo o delegado que conduz a investigação, Bruno Fernando, o ex-secretário teria dito que pode estar relacionado a sua atuação firme com os prestadores de serviço enquanto ocupava o cargo, com aplicação de multas e rescisão de contratos.
A investigação ainda mostrou que um dos investigados ocupava um cargo no Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) até dezembro de 2023, quando foi exonerado. A reportagem do ND Mais procurou a autarquia, que reforçou através de nota que “nenhuma secretaria ou autarquia da Prefeitura foi alvo da operação e não há envolvimento de nenhum servidor do quadro da administração municipal na ação”.
Ainda segundo o delegado, o ex-secretário vinha sofrendo ameaças por meio de mensagens de WhatsApp que denegriam sua imagem, com acusações de atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. As mensagens, segundo a polícia, ainda afirmaram que algo ruim poderia acontecer.
