Dono do bar em frente ao Augusto Bauer mantém posição e desafia FCF

Por João Vítor Roberge - OKunicipio

    01/03/2025 16h51 - Atualizado há 4 meses

    Proprietário do bar Na Cara do Gol, Alex Buschirolli concedeu coletiva de imprensa na tarde deste sábado, 1º, reforçando sua posição em não permitir que a vista que seu estabelecimento tem para o estádio Augusto Bauer seja coberta pela Federação Catarinense de Futebol (FCF). Ele relata que sua propriedade, que compreende o centro comercial, termina 1,5 metro à frente dos fundos do estádio, e isto faz com que o terreno do estádio termine 1,5 metro antes da linha de fundo, onde há placas de publicidade.

    Um banner da FCF foi intalado para bloquear a janela do bar na manhã deste sábado, 1º. O material foi retirado por funcionários do bar.

    “O que aconteceu hoje pela manhã aqui, foi uma invasão no meu terreno. Exatamente isso que acabou acontecendo, por parte de funcionários da Federação Catarinense, colocando uma faixa, obstruindo totalmente a visão aqui do bar. Esta faixa já foi removida, a meu mando, realmente. Até porque ela estava colocada no meu terreno, no meu centro comercial, na minha janela.”

    “Então imaginem todos vocês aí, se qualquer vizinho, qualquer estranho se achar na possibilidade de querer fechar sua janela da sua casa porque não gosta de você. Ele vai lá e vai fechar. Não é assim que acontece, o Brasil não funciona assim, né?”, completa.

    Esta faixa de 1,5 metro é cedida ao Carlos Renaux sem cobrança de aluguel, conforme relata Buschirolli, para que Brusque e Carlos Renaux continuem utilizando o estádio. Comunicações da FCF sobre a necessidade de bloquear as janelas do bar têm sido encaminhadas ao Brusque.

    Perguntado sobre a possibilidade de a FCF interditar o estádio pelo fato de a matrícula terminar 1,5m após à linha de fundo, sem o limite mínimo de 3 metros, Buschirolli desafia a federação a tentar.

    Augusto Bauer bar

    São 3 metros da linha de fundo à parede; 1,5m pertence ao centro comercial | Foto: João Vítor Roberge/O Município
    “Criar desculpas jurídicas sempre é possibilidade, né? A Federação Catarinense já se mostrou várias vezes muito expert com relação a isso. Não vou dizer que ela não pode inventar um motivo e uma desculpa para intervir no estádio. Pode, pode fazê-lo. Agora, eu gostaria de desafiá-la a estar preparada juridicamente para sustentar em relação ao Brusque e em relação ao maior prejuízo, que eles vão ter.”

    “Interditar um estádio sem ter um motivo legal ou inventando um motivo legal que não consta em regulamento, que não consta em alvará de bombeiro, que não consta em qualquer situação, acho bastante arriscado, né? Eu posso falar porque eu li muito o regulamento da CBF quando da reforma do estádio”, afirma Buschirolli, que foi um dos responsáveis pela reforma do Augusto Bauer. O acordo para construção do Augusto Bauer incluiu a permuta de parte da área do estádio para a construção do centro comercial em frente.

    “Isso já estava no nosso acordo, de forma alguma existe qualquer tipo de restrição. Mas nessa situação ainda a federação quer se fazer exigente, né? Então nós, de forma alguma, queremos criar qualquer tipo de problema, não é nossa intenção. Mas tampouco vamos aceitar ser prejudicados pelo que tá acontecendo”, explica o empresário, mas indicando também que a FCF quer compensações financeiras do bar.

     


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