Caso Vitória: Maicol diz que matou adolescente para ocultar traição à esposa

    20/03/2025 09h41 - Atualizado há 3 meses

    A confissão de Maicol Antonio Sales dos Santos, principal suspeito do caso Vitória, trouxe novos detalhes à dinâmica do crime. Em depoimento à Polícia Civil na terça-feira (18), o homem de 26 anos disse que teve um “envolvimento” com a adolescente há cerca de um ano e meio.

    Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrada morta, degolada e com o cabelo raspado em uma área de mata no dia 5 de março. Ela estava desaparecida desde a madrugada de 27 de fevereiro, quando deixou o shopping onde trabalhava em Cajamar, na Grande São Paulo.

    Ao confessar o crime, Maicol afirmou que apenas “trocou carinhos” com a adolescente há um ano e meio, quando já era comprometido. Desde então, a menina estaria ameaçando contar sobre a traição à esposa dele.

    O suspeito do caso Vitória abordou a jovem quando ela voltava para casa em 27 de fevereiro e ofereceu carona. Segundo ele, a adolescente entrou no carro por vontade própria.

    Segundo o Cidade Alerta, Maicol pediu que ela não contasse do envolvimento a sua esposa. Os dois teriam se exaltado na discussão ao ponto em que Vitória arranhou o homem no pescoço e no braço.

    Nesse momento, o criminoso lembra que sacou a faca que levava no carro e rapidamente desferiu golpes no pescoço da vítima. Vitória sequer conseguiu gritar antes de morrer em decorrência da gravidade dos ferimentos.

    Na tentativa de esconder as evidências, Maicol jogou a faca em um rio e queimou os pertences da vítima, incluindo o celular dela. Ele relatou à polícia que voltou para casa e não conseguiu dormir depois do assassinato, mas levantou às 7h da manhã e foi trabalhar como se nada tivesse acontecido.

    Perícia do caso Vitória indica inconsistências na confissão de Maicol

    O relato do principal suspeito do caso Vitória, no entanto, diverge dos traços do crime encontrados pela perícia. Um dos principais pontos é a forma na qual o corpo foi descoberto.

    Após assassinar a garota, Maicol afirma que passou em casa e colocou o corpo no porta-malas. Em seguida, teria levado o cadáver para uma área de mata, onde o teria enterrado em uma cova rasa com duas pedras em cima.

    O corpo de Vitória, contudo, não foi encontrado enterrado e sequer havia vestígios de terra. O suspeito alega que “não tem ideia” de quem poderia tê-lo desenterrado.

    Além disso, Maicol disse que não cortou o cabelo da garota e não sabe por que a cabeça estava raspada. A polícia também acredita que o carro dele deveria ter mais vestígios de sangue diante da natureza das facadas.

    Devido ao estado de decomposição do corpo, a investigação considera a hipótese de que Vitória tenha morrido dois dias após o desaparecimento, o que levou à suspeita de um cativeiro.

    Em seu depoimento, o criminoso confesso do caso Vitória reiterou que agiu sozinho e que o crime não tem relação com a morte de Edna de Oliveira Silva, encontrada próxima ao corpo da adolescente.

    Com informações do Cidade Alerta


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