Uma nova pesquisa da AtlasIntel, divulgada nesta segunda-feira (15), aponta que o Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou um crescimento na aprovação popular após adotar uma postura firme diante do “tarifaço” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A sondagem ouviu 2.841 pessoas entre os dias 11 e 13 de julho, com margem de erro de dois pontos percentuais.
De acordo com o levantamento, 50,3% dos brasileiros desaprovam a forma como Lula governa o país, enquanto a aprovação ficou em 49,9%, caracterizando um empate técnico. No mês anterior, os números indicavam um cenário mais desfavorável ao petista: 47,3% de aprovação contra 51,8% de desaprovação.
O resultado positivo é atribuído, em grande parte, à reação do governo federal diante da taxação de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada por Trump. Segundo a pesquisa, 60,2% dos entrevistados aprovam a política externa adotada por Lula nesse contexto. Além disso, 62% consideram a medida norte-americana injustificada, e 50,3% acreditam que representa uma ameaça à soberania do Brasil.
A confiança de que o governo brasileiro conseguirá reverter o aumento tarifário também aparece de forma expressiva: 47,9% acreditam em um possível acordo entre Brasil e Estados Unidos, enquanto 38,8% demonstram descrença.
Outro dado de destaque no levantamento é a comparação entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro no cenário internacional. Para 61,1% dos brasileiros, Lula representa melhor o país no exterior do que Bolsonaro, reforçando o efeito positivo da postura adotada pelo atual governo.
Na avaliação direta do governo, 43,4% dos entrevistados classificam a gestão como "ótima" ou "boa", enquanto 49,4% a consideram "ruim" ou "péssima". Outros 7,2% veem o governo como regular.
Os dados mostram um claro movimento de recuperação de imagem por parte do presidente, que vinha enfrentando críticas intensas após os primeiros meses de 2025. A condução da política externa, sobretudo diante das sanções norte-americanas, parece ter dado novo fôlego ao Palácio do Planalto. Analistas políticos apontam que o episódio fortaleceu a imagem de Lula como líder internacional e contribuiu para reposicionar seu governo no debate público interno.