Brasília – 31 de julho de 2025 – O Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe nesta quinta-feira, no Palácio da Alvorada, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar de articulação política. Isso mesmo, ARTICULAÇÃO POLÍTICA. Como se fosse pela CONSTITUIÇÃO atribuição do Supremo falar ou se meter em política. Mas o Brasil virou uma zona faz tempo.
O encontro ocorre um dia após os Estados Unidos anunciarem sanções contra o Alexandre de Moraes, medida que bloqueia eventuais bens no país, restringe o uso de serviços financeiros e impede a entrada do magistrado em território norte-americano.
Segundo interlocutores do regime, o jantar teve como principal objetivo demonstrar união entre os Poderes e preparar uma resposta diplomática à decisão norte-americana. “Não podemos aceitar ingerências externas que afetam nossa Suprema Corte”, teria dito Lula.
Todos os 11 ministros do STF foram convidados, embora nem todos estejam em Brasília devido ao recesso da Corte. A expectativa é de que alguns chegassem ainda durante a noite ou na manhã desta sexta-feira (1º), quando o Supremo retoma as sessões presenciais.
Na quarta-feira (30), Lula já havia se reunido no Palácio do Planalto com os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, além do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do advogado-geral da União, Jorge Messias. Moraes participou por telefone, pois se encontrava em São Paulo.
Durante essa primeira reunião, o governo tratou das repercussões políticas e jurídicas da medida dos EUA e iniciou a construção de uma estratégia para preservar a imagem do país e a autonomia do Judiciário.
A decisão americana provocou forte reação em Brasília. Lideranças do Executivo, do STF e do Congresso classificaram a medida como “pena de morte financeira” e violação das relações diplomáticas. O jantar desta quinta-feira busca reforçar a narrativa de defesa da democracia e da independência dos Poderes frente a pressões internacionais.
O STF retorna do recesso nesta sexta-feira (1º) com uma pauta extensa, incluindo julgamentos sobre multas tributárias, contribuição sindical e licença-maternidade. A expectativa é de que a Corte se pronuncie institucionalmente sobre as sanções nos próximos dias, alinhada com o governo federal.