Parlamentar do baixo clero, o pernambucano Severino Cavalcanti entrou para a história ao ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, em 2005, com 300 votos. Nos sete meses de mandato, defendeu publicamente a contratação de parentes no Legislativo, o aumento abusivo do seu próprio salário e de colegas e ainda interveio em nome de empresários amigos.
Caiu diante da denúncia de que cobrava um mensalinho de R$ 10 mil do dono do restaurante do Congresso. Renunciou ao mandato para não ser cassado. Saiu da história pela porta dos fundos.
Em 2005, o paraibano Hugo Motta tinha apenas 16 anos e acabava de tirar seu título de eleitor. Cinco anos mais tarde, entrou para a história como o mais jovem deputado eleito até então; e, em fevereiro, virou presidente da Câmara.
Em quase sete meses, Motta apresentou projeto para que deputados possam acumular salário e aposentadoria fora do teto e foi pego empregando no gabinete o caseiro de sua fazenda na Paraíba, além de uma fisioterapeuta bonitona que nunca deu expediente em horário comercial.
Agora, veio à tona que sua chefe de gabinete detém procurações que lhe dão poder para sacar salários de ao menos 8 funcionários e ex-funcionários; num montante que alcança R$ 4 milhões. A história de Severino parece se repetir, com Motta como farsa.