A desembargadora Andréa Pachá, secretária-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), transformou as redes sociais em palanque para comemorar a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A postura é escandalosa e joga por terra qualquer aparência de imparcialidade que um membro da Justiça deveria preservar.
É inaceitável que uma dirigente do TSE, órgão responsável por garantir a lisura das eleições, se comporte como militante de rede social. Ao celebrar a condenação de um ex-presidente, Pachá abandona a toga e veste a camisa da parcialidade. A desembargadora deixa claro que, em vez de zelar pela neutralidade institucional, optou por expor sua preferência política e transformar o Judiciário em instrumento de disputa ideológica.
Um tribunal eleitoral que se pretende sério não pode ter em seus quadros dirigentes que agem como torcedores partidários. O gesto de Pachá reforça a suspeita de que o TSE atua não como árbitro das eleições, mas como jogador engajado contra determinados grupos políticos.
O Judiciário brasileiro já enfrenta desgaste por decisões que cheiram a ativismo político. A atitude de Andréa Pachá apenas confirma o que muitos brasileiros enxergam: a Justiça deixou de ser cega e passou a mirar adversários ideológicos. A desembargadora deveria resguardar sua função, mas preferiu fazer propaganda da pena de 27 anos e 3 meses contra Bolsonaro, como se fosse uma vitória pessoal.
Esse comportamento mina a confiança da sociedade nas instituições. O cidadão comum olha para juízes que se portam como militantes e entende, com razão, que não há neutralidade, nem equilíbrio, apenas perseguição travestida de julgamento.
Ao escancarar sua militância, Pachá compromete não apenas sua imagem, mas a do próprio TSE. Como confiar em um tribunal eleitoral quando sua secretária-geral demonstra de forma tão pública sua torcida contra um dos principais líderes políticos do país? Como acreditar em julgamentos imparciais quando quem deveria conduzir com seriedade prefere posar de comentarista política em rede social?
A Justiça que deveria ser o último bastião da confiança pública torna-se, pelas mãos de magistrados como Andréa Pachá, apenas mais um ator na arena da disputa política. O episódio deixa claro: quando a toga se confunde com a militância, a democracia perde, e o tribunal que deveria servir ao povo transforma-se em instrumento de poder.