O Wall Street Journal denuncia politização do STF em condenação de Bolsonaro

    15/09/2025 18h24 - Atualizado há 2 horas

    A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ultrapassou as fronteiras brasileiras e passou a ser questionada também pela imprensa internacional. Em artigo publicado no The Wall Street Journal no último dia 14, a colunista Mary Anastasia O’Grady classificou a decisão como um exemplo do “jeito brasileiro de fazer justiça”, onde a política se sobrepõe ao Estado de Direito.

    Segundo a publicação, a Primeira Turma do STF decidiu por 4 votos a 1 responsabilizar Bolsonaro por liderar uma suposta conspiração contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para O’Grady, mais do que um julgamento jurídico, a decisão foi um movimento político, conduzido por uma corte que já acumula anos de desgaste perante a opinião pública por sua atuação partidária.

    Críticas diretas à Corte

    A colunista aponta que o tribunal permitiu que o Ministério Público Federal levasse Bolsonaro a julgamento diretamente em Brasília, sem recorrer às instâncias inferiores, o que, na visão dela, demonstra o objetivo expresso de prender o ex-presidente a qualquer custo.

    “Que se dane o Estado de Direito”, escreveu O’Grady, resumindo a percepção de que a Corte teria ultrapassado limites constitucionais e atuado como instrumento político de perseguição.

    Repercussão internacional

    O artigo repercute não apenas entre apoiadores de Bolsonaro, mas também entre críticos que, apesar de não simpatizarem com o ex-presidente, manifestam preocupação com o caminho escolhido pelo STF. Para eles, a decisão pode corroer a confiança internacional no Brasil e sinalizar instabilidade institucional.

    Ao ser publicado em um dos jornais de maior prestígio mundial, o alerta de Mary Anastasia O’Grady ecoa como advertência: a Justiça brasileira, em vez de garantir segurança jurídica, estaria exportando uma imagem de corte partidarizada e vingativa.

    Um duro golpe à democracia

    A crítica do Wall Street Journal reforça a narrativa de que a condenação de Bolsonaro não apenas atinge um ex-chefe de Estado, mas fragiliza os fundamentos democráticos brasileiros. Para O’Grady, o julgamento representa mais um capítulo de um sistema onde a Suprema Corte, em vez de atuar como guardiã da Constituição, se comporta como ator político dominante, capaz de moldar o destino do país conforme suas próprias convicções.


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