O regime perdeu a batalha da chamada “MP da Taxação”, mas, como é típico do autoritarismo disfarçado de democracia que o país vive, a resposta veio na forma de vingança. A ameaça agora é dupla: primeiro, contra os deputados que ousaram resistir, com cortes de emendas; depois, contra toda a sociedade, com novas elevações de impostos — inclusive no IOF, depois que o ministro Alexandre de Moraes abriu caminho para que o petista use um tributo regulatório como arma de arrecadação. A engrenagem está montada: um Judiciário cúmplice, um Congresso acuado e um Executivo faminto por dinheiro e poder.
Nada disso surpreende. O Brasil, sob o terceiro ciclo de Lula, afunda num pântano de retrocesso: mais impostos, mais intervenção estatal, menos liberdade. O país é refém de um projeto ideológico que mistura oportunismo com marxismo de palanque — a velha receita socialista que mata a livre iniciativa e transforma cidadãos em dependentes do Estado. As medidas impostas desde 2023 seguem à risca o manual gramsciano de dominação: aparelhar instituições, controlar narrativas, sufocar a economia e as vozes dissidentes.
O regime avança sobre o patrimônio, a renda e a propriedade de quem trabalha e produz. O confisco é disfarçado de “justiça social”, mas o objetivo é claro: aumentar o poder político sobre a sociedade, enfraquecer a autonomia dos indivíduos e consolidar um Estado que tudo vê, tudo cobra e nada devolve. A mentalidade petista jamais entendeu — ou fingiu não entender — que a proteção da propriedade privada é a base de toda liberdade. Não é privilégio de ricos: é a garantia de que cada cidadão possa usufruir dos frutos do próprio trabalho, sem ser saqueado por um regime voraz.
O discurso de “igualdade” é apenas o disfarce de quem, na prática, quer nivelar todos por baixo. E o resultado está à vista: economia travada, inflação disfarçada, fuga de investimentos e a perpetuação da miséria que o próprio sistema cria para se sustentar. O petismo transformou o país em um laboratório de engenharia social e manipulação de massas, onde o Estado é o dono da verdade e o cidadão é o culpado por existir.
Nos últimos 400 anos, o mundo prosperou graças à propriedade privada, à liberdade econômica e ao mercado competitivo. Foram essas condições que multiplicaram a produção, aumentaram a expectativa de vida e permitiram que bilhões sobrevivessem e prosperassem. Mas no Brasil de Lula, o caminho é o oposto: punir quem produz, premiar quem depende do sistema e controlar quem pensa diferente.
Os que orbitam o petismo — militantes, partidos-satélites e parasitas do Estado — permanecem fiéis à sua ignorância econômica. Não compreendem que o capital privado é o motor da prosperidade. Cada vez que o regime arranca mais recursos da sociedade para alimentar sua máquina ineficiente e corrupta, mata-se a semente do crescimento. Menos investimentos, menos empregos, menos renda — e, ironicamente, menos arrecadação futura. O ciclo da estupidez se repete.
O resultado está escancarado: o Estado brasileiro consome 34% de tudo o que o país produz, contra 22% em 1988. Em quatro décadas, a máquina pública engordou enquanto a nação empobreceu. Essa diferença é o preço do atraso — o custo da servidão imposta por um projeto de poder que se alimenta da miséria e da dependência.
O Brasil está prisioneiro de um sistema que cobra mais, entrega menos e se comporta como dono da sociedade. E Lula, o mesmo que se vendeu como “pai dos pobres”, tornou-se o símbolo máximo dessa farsa: o líder de um regime que não governa — apenas oprime, tributa e manipula.