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22/11/2022 às 19h55min - Atualizada em 22/11/2022 às 19h55min

Mais de 4,3 mil advogados pedem providências ao Conselho da OAB sobre decisões de Moraes

Mais de 4,3 mil advogados pedem providências ao Conselho da OAB sobre decisões de Moraes

Um grupo com 4.360 advogados apresentou nesta terça-feira (22) um pedido de providências ao presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, sobre decisões recentes do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Neste sábado (18), um pedido semelhante foi apresentado por dez seccionais da OAB sobre o tema.

Os advogados, que fazem parte do “Movimento Advogados de Direita Brasil”, questionam o “bloqueio imediato de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas” determinado por Moraes. Além disso, afirmam que o ministro estaria supostamente impedindo o “amplo acesso dos advogados dos constituintes nos referidos autos”.

Na semana passada, Moraes determinou o bloqueio bancário de 43 empresas e empresários, a maior parte de Mato Grosso, que seguiram em um comboio de caminhões para se manifestar contra o resultado das eleições presidenciais em Brasília.

“É entendimento destes advogados que a escalada de atos provenientes dos servidores da administração pública, provoca reflexo evidente no esgarçamento do tecido social brasileiro, com graves consequências, notadamente o prejuízo ao Estado Democrático de Direito”, dizem os advogados no documento encaminhado ao Conselho.

No pedido de providências, os advogados argumentam que o “Brasil já está vivendo a mais absoluta insegurança jurídica de sua história, conduzida com mãos de ferro por alguns Ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial o Sr. Alexandre de Moraes”. Eles afirmam ainda que o Conselho Federal da da OAB “não pode se calar diante disso tudo, sob pena de ter registrada em sua história a marca do mais profundo desamparo aos advogados e à sociedade brasileira”.

“O referido Ministro ao se investir simultaneamente no papel de vítima, investigador, acusador e julgador, vem impondo limites às liberdades individuais e determinando punições desprovidas de qualquer previsão legal tanto na Constituição quanto no Código Penal, e faz isso usando justamente como fundamento a proteção aos direitos que ele está ferindo de morte”, dizem os advogados.

Para o grupo, é “estarrecedor o silêncio vergonhoso dos demais membros do STF” sobre as decisões de Moraes. Eles solicitam que o conselho nacional "tome providências sobre a necessidade imperiosa da observância e prevalência dos princípios do Estado Democrático de Direito", especialmente sobre a proteção da Constituição e das Prerrogativas dos Advogados prevista no Estatuto da Advocacia.

*GazetaDoPovo
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