Na a sessão ordinária desta terça-feira, 21 de março, o vereador Jean Pirola (PP) defendeu a criação de uma Comissão Especial para avaliar a segurança pública de Brusque e região. A frente de trabalho foi proposta por ele e outros seis vereadores no Requerimento nº 61/2023 “diante do notável aumento da criminalidade nos últimos anos”.
Piola citou a Comissão Especial instituída na Câmara no mesmo sentido, em 2013, a qual concluiu que a precariedade da segurança pública do município se dava pela falta de ações do governo estadual. Ele recordou ainda que, na análise da comissão à época, os problemas estavam ligados ao baixo número do efetivo policial em Brusque, que era de um policial para cada 1.077 habitantes.
“Se passaram 10 anos da nossa última comissão. Tivemos vários avanços, 35 novos policiais, mas infelizmente outros tantos se aposentaram, pediram transferência e uma série de outras situações que verificamos, e a gente vê que a segurança pública regrediu”, disse. Segundo o vereador, a cidade conta, hoje, com 84 policiais para os cerca de 141 mil munícipes, apurados no Censo 2022. “Ou seja, 1 para 1.670 moradores. Somos a 2ª pior cidade de Santa Catarina em número de policiais”, relacionou.
O parlamentar lamentou que, em números oficiais, o baixo índice de criminalidade local impede que o governo do estado envie mais efetivo policial. Ele apresentou na tribuna uma série de manchetes jornalísticas a respeito de roubos e furtos recentes. “Estamos sentindo na pele, no dia-a-dia, o número crescente de crimes no nosso município. E não vemos o estado, que é o responsável pela segurança, fazer praticamente nada para que se resolva esse problema”, criticou.
“Esta comissão é justamente para que a gente volte e atualize os números de 2013, façamos as visitas a esses órgãos da segurança pública e possamos encaminhar o relatório e exigir do governo de Santa Catarina, no mínimo, respeito com o cidadão brusquense, que paga bastante imposto”, defendeu.
Transporte escolar
Na tribuna, Pirola também se pronunciou sobre a fala do líder de governo da Câmara, vereador Alessandro Simas (PP), a respeito de obrigações legais que fizeram com que o Poder Executivo de Brusque deixasse de fornecer transporte a cerca de 50 estudantes da Escola de Educação Básica Padre Lux, no Azambuja.
“Concordo que a Prefeitura está cumprindo a regra [de deslocar apenas alunos que residem há mais de três quilômetros da escola], mas não posso concordar que ela deixe as crianças sem transporte. Faço parte da base [do governo municipal], respeito as decisões que o prefeito toma, mas vamos achar um paliativo. Vamos fazer uma contratação em caráter precário, enquanto não se resolve com o estado essa questão”, sugeriu.
