O ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro, declarou nesta quarta-feira (30) que deixou o Brasil e que pretende fazer revelações sobre o ministro Alexandre de Moraes, de quem foi auxiliar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A afirmação foi feita durante uma conversa por videochamada com o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.
Na conversa, Tagliaferro, que está na Itália, acusou o magistrado de utilizar o gabinete no Supremo Tribunal Federal (STF) como instrumento de perseguição contra adversários políticos. As informações são do O Antagonista.
“Só entrava no gabinete coisas de direita e nada de esquerda”, afirmou. Em tom de denúncia, disse que Moraes atuava de forma autoritária: “Amedrontando, assustando e calando as pessoas. E a mim ele não vai calar”.
Ainda segundo o ex-assessor de Moraes, ele é um dos investigados no mesmo inquérito que atinge bolsonaristas, embora ainda não tenha sido formalmente denunciado. “Sou um dos perseguidos também. Estou junto no inquérito com todos vocês”, afirmou. “Quanto mais eles fazem, mais eu faço”.
Tagliaferro afirmou possuir documentos e informações sensíveis. “Tem algumas coisas fraudulentas que foram feitas. Ele vai me assistir, ele sabe do que eu estou falando”, declarou. “As provas estão comigo, sim, eu sempre guardei”.
O ex-assessor de Moraes não revelou onde está atualmente, mas confirmou que está fora do país e que pretende viajar aos Estados Unidos. Sobre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), disse apoiar sua atuação internacional: “Vejo como uma luta para tentar salvar o país, para tirar essa tirania, para tirar esse domínio que a esquerda tem”.
Tagliaferro ainda descreveu o dia a dia de trabalho com Moraes como opressor. “Ele é narcisista, autoritário. Se não for do jeito dele, ele agride com palavras, humilha. Fez isso com muitos servidores meus”, relatou. Apesar das críticas, não apresentou detalhes concretos sobre os documentos que pretende divulgar.
