Foi como se, depois de um campeonato de futebol decidido, o árbitro fosse a um evento dos vencedores e se gabasse, ao microfone, de ter ajudado a derrotar o principal adversário.
O que faria a Federação diante de tal escândalo?
Pois é um caso que precisa ser resolvido, já que o juiz que em outubro será presidente do Supremo se manifestou como participante da derrota do bolsonarismo, “para permitir a democracia”.
Assim, se já emitiu julgamento sobre bolsonarismo, como poderá ser considerado isento ao presidir julgamento que envolva algum desses derrotados, um bolsonarista?
A manifestação de juízo foi expressa num recinto dos vencedores, já que o Partido Comunista do Brasil, que comanda a UNE, fez parte da coligação vitoriosa.
Por menos do que isso o Conselho Nacional de Justiça, que o ministro Barroso também vai presidir, já expulsou juízes, mas o CNJ não julga ministro do Supremo; só quem pode julgar são os senadores.