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08/10/2023 às 11h14min - Atualizada em 08/10/2023 às 11h14min

Policiais e indígenas entram em confronto após decisão do governo de fechar a maior barragem de SC

A PM e a comunidade indígena entraram em confronto na manhã deste domingo.

Vídeos mostram agentes disparando bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes. As imagens também mostram manifestantes atacando uma viatura da Defesa Civil de Santa Cataria.

O conflito se concentra na estrada onde está a central para operação da barragem de José Boiteux. Houve queima de pneus e barricadas para tentar impedir o acesso à estrutura.

MOTIVO:

O governo de Santa Catarina decidiu fechar, na noite de sábado (7), as duas comportas da Barragem Norte de José Boiteux, a maior de contenção de cheias do estado, que está localizada em território indígena no Vale do Itajaí.

A polícia e alguns integrantes do povo Xokleng entraram em confronto por causa da decisão na manhã deste domingo (8). As comportas do reservatório, que não é usado desde 2014, seguiam abertas nas primeiras horas da manhã.

Segundo o Corpo de Bombeiros, três indígenas foram baleados e encaminhados ao hospital. O estado de saúde deles não foi divulgado.

Alguns integrantes do povo Xokleng são contrários ao fechamento da maior estrutura de contenção de cheias do Vale do Itajaí porque isso provocaria a inundação do território e, consequentemente, o alagamento de residência nas aldeias mais baixas.

O g1 SC procurou a Polícia Militar, mas não teve retorno até a última atualização do texto.

A Justiça Federal determinou audiência sobre a situação, às 12h deste domingo, com representantes da Funai, da aldeia indígena, além do governo estadual, União e Ministério Público Federal.

Segundo o governador Jorginho Mello, nas redes sociais do governador, a decisão de fechamento foi tomada para "para garantir a segurança das pessoas, em toda a região, inclusive em Blumenau".

Uma decisão do plantão da Justiça Federal, posterior à divulgação do governador, ainda na noite de sábado, autorizou agentes do estado a ingressarem no reservatório. O despacho permite à União a “utilização e auxílio de suas forças policiais” caso seja necessário para efetuar a operação das comportas.

A liminar também determina que o governo estadual adote medidas necessárias para diminuir os impactos causados aos indígenas por conta do fechamento das comportas, com ações como fornecimento de barco para resgate de moradores que possam ficar isolados e distribuição de água e alimentos.

Outras barragens, de Taió e Ituporanga, na mesma região, chegaram à capacidade máxima neste domingo começaram a verter (quando a água passa sobre a estrutura). A situação já era esperada pela Defesa Civil de Santa Catarina.

Santa Catarina soma 93 cidades com estragos causados pela chuva. De acordo com o boletim da Defesa Civil estadual, atualizado na noite de sábado, duas pessoas morreram e 46 municípios emitiram decretos de situação de emergência.


 
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