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12/10/2023 às 12h48min - Atualizada em 12/10/2023 às 12h48min

Os entusiastas dos terroristas assassinos

O bárbaro ataque terrorista do Hamas, que deixou centenas de mortos e milhares de feridos em Israel, além de fazer mais de 100 reféns, expôs o pior lado dos extremistas islâmicos, mas não só deles. Embora o repúdio veemente às ações do grupo palestino tenha sido muito mais numeroso, ao menos no ocidente democrático, temos presenciado com assombro várias manifestações de apoio ao Hamas. E aqui é preciso chamar a atenção do leitor: não estamos nos referindo a atos em favor de uma “Palestina livre”, ou da defesa da solução de dois Estados como forma de resolver a questão palestina, uma plataforma perfeitamente razoável, concorde-se ou não com ela; falamos do apoio explícito ao Hamas, mesmo depois de todas as atrocidades cometidas no último fim de semana.
 
Afinal, trata-se de um grupo que habitualmente dispara foguetes a esmo contra cidades israelenses e que, neste fim de semana, promoveu um massacre, fuzilando indiscriminadamente centenas de pessoas que participavam de uma festa; decapitou dezenas de bebês em um kibutz; exibiu como troféu o corpo despido de uma alemã, vítima do ataque; sequestrou famílias judias inteiras para usá-las como escudos humanos – o que, aliás, o Hamas também faz com os próprios civis palestinos ao posicionar suas bases em áreas urbanas densamente povoadas, colocando toda uma população na linha de tiro quando israelenses agem para eliminar a ameaça terrorista. Mesmo quem considera que Hamas e Israel estão em guerra há de reconhecer que a humanidade levou séculos para definir o que é aceitável e o que é intolerável em uma situação de beligerância, e que massacres e sequestros de civis certamente não estão entre os atos tolerados. Não se trata, portanto, de “atos de guerra”, mas da barbárie em estado puro.
 
Mesmo assim, fiéis a uma tradição de exaltação da “violência revolucionária” que nasceu junto com o próprio marxismo – com o ingrediente adicional do antissemitismo, neste caso – e que hoje tem seus expoentes em intelectuais como Slavoj Žižek, os esquerdistas brasileiros seguem abraçando o Hamas mesmo depois que as cenas do terror islâmico rodaram o mundo. O PCO falou em “dia histórico” e “resistência heroica”; uma deputada estadual do PSol gaúcho comparou os atos terroristas ao levante do Gueto de Varsóvia, em 1943; um escritor (que até terça-feira tinha cargo de assessor parlamentar no Congresso) zombou de uma refém judia, violentada pelos terroristas; partidos, entidades sindicais e movimentos sociais foram às ruas em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro para declarar apoio ao Hamas. Insistimos: não são meras manifestações em defesa de um Estado palestino livre; a pauta é o apoio explícito a um grupo terrorista que acaba de promover uma série de massacres.
 
Em muitas ocasiões, ressaltamos a falta de cultura democrática por parte de quem legitima ações como vandalismo, bloqueios de estradas e invasões de plenários legislativos e prédios públicos, mesmo que suas pautas sejam razoáveis e até nobres. Fazer a apologia escancarada a um grupo terrorista, perpetrador de barbáries, no entanto, é descer muitos outros degraus rumo ao abismo moral. Quem segue apoiando o Hamas depois deste fim de semana está validando o que ninguém que tenha um pingo de decência validaria; está não apenas tolerando o intolerável, mas considerando que os métodos bárbaros do Hamas são legítimos e até necessários, podendo, quem sabe, ser usados em outros lugares, em outras circunstâncias; está defendendo não um “discurso de ódio” inventado para calar vozes das quais se discorda, mas um ódio real e desumanizador de todo um povo, tornado realidade em ações de selvageria.
 
 

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