Após uma década sem mortes, Santa Catarina enfrenta surto de coqueluche

    25/10/2024 10h29 - Atualizado em 25/10/2024 às 10h29
    Após uma década sem mortes por coqueluche, Santa Catarina enfrenta um surto alarmante da doença em 2024. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), dois bebês, ambos com apenas dois meses de idade, morreram em agosto devido à coqueluche. Os casos ocorreram em Itajaí e Joinville, e ambos os bebês não haviam sido vacinados.

    O aumento de casos da doença em Santa Catarina tem preocupado as autoridades de saúde. Em comparação com os anos anteriores, 2024 registrou um salto impressionante de dois casos em 2023 para 106 até agora. A distribuição dos casos revela maior concentração no Vale do Itajaí, com 53 casos, seguido pela Grande Florianópolis com 21, enquanto as outras regiões também mostram incidência preocupante.

    Este ano, o estado registrou a maior quantidade de casos desde 2014, ano da última morte por coqueluche. Histórico recente indica uma variação no número de casos anuais: 92 entre 2015 e 2018, diminuindo para apenas dois em 2023, antes do recente aumento.

    O que é coqueluche?

    A coqueluche, uma infecção respiratória aguda e altamente contagiosa, é causada pela bactéria Bordetella pertussis. Essa doença afeta primordialmente a traqueia e os brônquios.

    O período de infecção pode estender-se de seis a dez semanas. Nos bebês, especialmente aqueles que não concluíram o ciclo inicial de vacinação, a coqueluche pode causar diversas complicações e, em casos severos, resultar em óbito.

    Sintomas

    Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da coqueluche apresentam-se em três estágios distintos:

    No estágio inicial, os sintomas são similares aos de um resfriado comum, incluindo mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa.

    No estágio intermediário, a intensidade da tosse aumenta significativamente.

    No estágio avançado, a tosse torna-se extremamente severa, podendo dificultar a respiração e provocar vômitos e exaustão acentuada.

    Como ocorre a transmissão

    A coqueluche se propaga de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias liberadas quando alguém infectado tosse ou espirra.

    A bactéria se fixa nas vias respiratórias superiores, onde se reproduz e libera toxinas responsáveis pelos sintomas típicos da doença.

    Qual o tratamento adequado para a coqueluche?

    O tratamento da coqueluche é abrangente, envolvendo cuidados médicos, administração de antibióticos, suporte nutricional — incluindo hidratação e uma dieta balanceada —, e medidas de prevenção.

    Em situações graves, principalmente entre bebês e crianças, a hospitalização pode ser necessária para um tratamento e monitoramento mais intensivos.

    A principal forma de prevenção da coqueluche é através da vacinação, disponível gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para crianças até 6 anos, gestantes e profissionais da saúde.

    A vacina pentavalente, administrada nos primeiros meses de vida do bebê, é dada em três doses aos dois, quatro e seis meses, com um intervalo recomendado de 60 dias entre elas. Doses de reforço são subsequentemente necessárias.

    Notícias Relacionadas »
    BN Brasil Publicidade 1200x90
    Fale pelo Whatsapp
    Atendimento
    Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp