Urgente: Moraes ameaça prender Aldo Rabelo

Por Claudio Dantas

    23/05/2025 16h49 - Atualizado há 1 mês

    O ex-ministro Aldo Rebelo (PSB) provocou tensão durante depoimento no STF nesta sexta-feira (23), ao defender o ex-comandante da Marinha Almir Garnier na ação que investiga a suposta tentativa de golpe liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Questionado se Garnier colocou tropas à disposição para um movimento “golpista”, Rebelo desviou para uma análise linguística, irritando o ministro Alexandre de Moraes.

    Rebelo argumentou que a expressão “estar à disposição” não deve ser interpretada literalmente. “Na língua portuguesa, a força da expressão não é literal. Dizer ‘estou frito’ não significa estar numa frigideira” afirmou. Moraes interrompeu: “O senhor estava na reunião quando Garnier usou a expressão? Atenha-se aos fatos”.

    Ameaça

    Em seguida, Rebelo retrucou: “Minha apreciação da língua portuguesa é minha e não admito censura”. Moraes alertou: “Se não se comportar, será preso por desacato”. Rebelo respondeu: “Estou me comportando”.

    Durante o depoimento, Aldo foi questionado sobre a possibilidade de o comandante da Marinha mobilizar tropas por decisão unilateral, Aldo Rebelo negou:

    “Não pode, porque qualquer estrutura de comando dentro das Forças Armadas precisa consultar toda a cadeia relacionada com ela.”

    Ele também acrescentou:

    “A atuação da Marinha é muito reduzida para o Brasil profundo. Não tem capilaridade. A capilaridade está no Exército, distribuído pelas fronteiras, com pelotões, batalhões, divisões e brigadas. A Marinha concentra-se no Rio de Janeiro, com o comando da esquadra, fuzileiros e submarinos. Tudo depende do comando de operações navais, que passa pela força de superfície, navios, submarinos e fuzileiros navais. Isso bloqueia qualquer possibilidade de controle territorial, que exigiria uma composição que a Marinha não tem. Sua atuação é limitada para operações em debate hoje.”

    Ao final, foi questionado se a Marinha teria capacidade de romper a ordem institucional sem apoio do Exército: “A Marinha não tem capilaridade no território. Não associei esse raciocínio à ideia de golpe.”

    O ex-ministro também falou que Almirante Bernier, que foi seu assessor “sempre respeitou a hierarquia. Permanecia de pé diante de superiores e cumpria ordens.” Apesar das tentativas de vincular declarações a uma suposta conspiração, Rebelo reafirmou que não viu evidências de ruptura institucional nas ações da Marinha.


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