Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (26) o aumento do policiamento na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão atendeu a um pedido do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, que indicou para um risco concreto de fuga de Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. A solicitação da PF baseia-se em um alerta do líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). O parlamentar citou um risco de fuga de Bolsonaro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), representada pelo procurador-geral Paulo Gonet, apoiou a medida, que prevê policiamento em tempo integral. Segundo a PF, há indícios de que Bolsonaro poderia tentar buscar refúgio na Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de dez minutos, de carro, de sua residência. A embaixada é considerada território americano, onde decisões judiciais brasileiras não têm efeito sem autorização do governo dos EUA.
Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar com monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira. Ele está proibido de usar telefone celular e de receber visitas sem autorização judicial, exceto de advogados e familiares.