Mensagens escandalosas expõem Alexandre de Moraes como chefe de esquema paralelo no Judiciário

    26/08/2025 19h55 - Atualizado há 4 horas

    As revelações das mensagens trocadas entre Eduardo Tagliaferro, ex-perito e assessor de confiança, e Airton Vieira, juiz auxiliar ligado ao Supremo Tribunal Federal (STF), expuseram um dos maiores escândalos já registrados no Judiciário brasileiro.

    Mais do que conversas informais, os diálogos revelam a existência de um esquema clandestino de perseguição política operado sob o comando direto do ministro Alexandre de Moraes.

    O conteúdo explosivo

    As mensagens mostram que ordens não oficiais eram repassadas por aplicativos de celular, orientando Tagliaferro a elaborar relatórios e dossiês direcionados contra jornalistas, veículos de comunicação e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O detalhe mais escandaloso é que tais relatórios deveriam ser atribuídos ao TSE, e não ao STF, justamente para mascarar a origem dos documentos e preservar a “aparência de legalidade”.

    Expressões como “capriche no relatório, rsrs” e “quando ele cisma, é uma tragédia” revelam não apenas a falta de seriedade, mas também o clima de servidão e medo que rondava os assessores de Moraes. Fica evidente que qualquer contrariedade podia resultar em retaliações internas.

    Um esquema chefiado por Moraes

    Ao contrário do que se tenta vender como “atos isolados” de auxiliares, as mensagens deixam claro que Alexandre de Moraes era o verdadeiro chefe do esquema. Era ele quem demandava investigações políticas, determinava alvos e impunha sua vontade, mesmo à margem da lei. Tagliaferro e Vieira apenas cumpriam ordens.

    Essa engrenagem, que hoje já é chamada de “Vaza Toga”, mostra como o Judiciário brasileiro foi sequestrado para atender interesses pessoais e partidários. E ao centro de tudo está o ministro Moraes, que deveria ser guardião da Constituição, mas se transformou em seu maior algoz.

    O rastro de destruição

    O resultado desse sistema paralelo é conhecido: censura a jornais, perseguição a opositores, prisões arbitrárias, bloqueio de contas em redes sociais e uma série de medidas que colocaram o Brasil na contramão do Estado de Direito. Agora, com as provas escancaradas, resta evidente que não se tratava de “decisões técnicas”, mas sim de um plano orquestrado, onde a toga era usada como escudo para a tirania.

    Debandada e crise interna

    O próprio gabinete de Moraes sofreu uma debandada após as revelações. Assessores pediram para sair e a confiança interna foi abalada. O escândalo também já chegou ao Congresso, onde parlamentares cobram responsabilização e até mesmo um processo de impeachment contra o ministro.

    Conclusão: um ministro fora de controle

    As mensagens entre Tagliaferro e Vieira não deixam dúvidas: Alexandre de Moraes transformou seu gabinete em quartel-general de perseguição política, operando à margem da lei, traindo o espírito democrático e jogando o país em uma crise institucional sem precedentes.

    O que está em jogo agora não é apenas a reputação de um ministro, mas a própria credibilidade do Judiciário brasileiro. Se o sistema falhar em investigar e punir esses abusos, estará declarando que a Constituição pode ser rasgada ao sabor dos interesses de um único homem.

    *Imagem IA


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