Na sessão desta terça-feira, 2 de setembro de 2025, Alexandre de Moraes mostrou mais uma vez que não perde a chance de transformar o Supremo Tribunal Federal em palanque político.
Durante a leitura do relatório condenatório contra Jair Bolsonaro, o ministro disparou contra Donald Trump e contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deixando de lado o papel de juiz e assumindo o de militante.
Em tom de ataque, Moraes declarou que “a soberania nacional é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil” e que “não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou estorquida”.
O discurso, porém, não tinha nada de técnico: foi um recado direto a Trump e a Eduardo Bolsonaro, que têm criticado a atuação da Suprema Corte brasileira e também a da Justiça norte-americana.
Ao invés de se limitar à análise jurídica do caso, Moraes preferiu usar o espaço para lançar recados políticos e internacionais. Sua fala soou como mais um ataque gratuito ao ex-presidente americano e ao filho de Bolsonaro, reforçando o uso da toga como escudo para discursos ideológicos.
Esse tipo de postura só confirma a crítica de que o ministro age como parte interessada e não como árbitro imparcial. Transformar um julgamento em palco de embates com Trump e Eduardo Bolsonaro evidencia mais preocupação com narrativa política do que com Justiça.
A fala é recebida como prova de perseguição e de abuso de autoridade.