ESCÂNDALO: Moraes de articulava com Gonet para condenar réus “ao inverso”

Por Isac Mascarenhas - CD

    02/09/2025 16h45 - Atualizado há 14 horas

    Em audiência na Comissão de Segurança Pública do Senado, o perito criminal Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusou Alexandre de Moraes de combinar previamente com o Paulo Gonet quem seriam os alvos a serem denunciados.

    Segundo ele, os processos eram montados de forma “inversa”; ou seja, primeiro eram escolhidos os alvos, decretadas as buscas, e, depois, com base no material apreendido, elaborava-se o indiciamento e a denúncia, para acolhimento do ministro.

    Ele citou ter sido demandado pelo então secretário-executivo da Procuradoria Geral Eleitoral, Lucas Renan Silva, a mando de Paulo Gonet “sobre o assunto que o Doutor Paulo (Gonet) tratou com o ministro Alexandre (de Moraes) hoje cedo”. “O que era o pedido? para enviar um número gigantesco de pessoas que o TSE e o STF colocaram para frente.”

    “Na verdade, o processo ele foi ao contrário. O processo se estarta de uma investigação, de uma denúncia, e não de um magistrado pegando uma sentença e montando todo o processo (ao) inverso. Pediu para orientar quem seriam as pessoas que seriam denunciadas”, disse Tagliaferro, se referindo a elas como um “pacotinho de 100, 200 pessoas”.

    O ex-assessor disse que enviou o material diretamente a Paulo Gonet e exibiu a mensagem enviada e o número do celular do PGR. Na audiência, Tagliaferro também expôs relatórios que, segundo ele, foram forjados para justificar a operação de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas; entre eles, Luciano Hang.


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