REUTERS: Moraes está desafiando Trump e testando a paciência de colegas no STF

    02/09/2025 16h06 - Atualizado há 5 horas

    A agência de notícias Reuters publicou reportagem sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começou nesta terça-feira (2), apontando que Alexandre de Moraes, do STF, resolveu comprar briga com o presidente dos EUA, Donald Trump, e ainda “testa a paciência” dos próprios colegas dentro da Corte.

    “O Supremo Tribunal Federal do Brasil entra nesta semana na fase final de deliberações no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, em um caso que provocou a ira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ninguém sentiu tanto a força dessa fúria – ou a rejeitou com tanto desdém – quanto Moraes, o homem que mandou Bolsonaro para prisão domiciliar, enfiou centenas de apoiadores atrás das grades pela invasão de prédios do governo e se meteu em briga até com Elon Musk sobre redes sociais. Sua perseguição contra Bolsonaro resultou em Trump retaliando o Brasil com tarifa comercial de 50%, restrições de vistos e sanções financeiras individuais”, descreve a reportagem.

    A Reuters relatou que cresce um movimento dentro do STF para que ministros se afastem das canetadas de Moraes. Nesse contexto, a agência destacou a postura de André Mendonça, indicado por Bolsonaro em 2021, que afirmou recentemente: “um bom juiz deve ser respeitado, não temido. Suas decisões devem trazer paz social, não caos, incerteza ou insegurança.”

    Segundo a Reuters, existe uma preocupação real de que a caçada contra Bolsonaro piore ainda mais a relação com Trump, “que tem exigido que o Brasil abandone o julgamento que o presidente americano chama de caça às bruxas.”

    A reportagem lembrou que Trump já tomou medidas diretas contra ministros do STF, poupando até agora apenas os que tiveram coragem de se opor a Moraes. “Em julho o governo dos Estados Unidos retirou vistos de oito ministros do Supremo, poupando apenas três que haviam claramente divergido de Moraes em casos anteriores”, diz o texto.

    A matéria também expõe que, enquanto Moraes e seus aliados tentam vender a narrativa de que sua postura agressiva é em defesa da democracia, as críticas se acumulam: censura descarada, ordens ilegais para remover postagens de opositores, confisco de celulares de empresários que trocaram mensagens privadas e até prisão de parlamentar por declarações.

    Segundo aliados de Bolsonaro, já são mais de 41 senadores dispostos a abrir um processo de impeachment contra Moraes. Ainda não é suficiente, já que são necessários 54 votos, mas o cenário pressiona o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que até agora resiste em pautar o tema.


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