Hugo Motta trava anistia e se alinha ao STF para proteger os próprios interesses

    02/09/2025 18h11 - Atualizado há 13 horas

    No mesmo dia em que o STF iniciou o julgamento de Jair Bolsonaro, líderes da oposição e do Centrão — incluindo PL, Novo, PP e União Brasil — apelaram a Hugo Motta (Republicanos-PB) para que destravasse na Câmara o projeto da anistia aos presos e processados do 8 de Janeiro. O encontro ocorreu na reunião de líderes desta terça-feira (2/9), na residência oficial do presidente da Câmara.

    Segundo relatos, os pedidos foram insistentes, mas Motta preferiu desconversar e se recusar até mesmo a designar um relator que pudesse iniciar a construção de um texto da anistia. Mais uma vez, ficou claro que o deputado paraibano age sob conveniência, movido não pela vontade de representar o povo, mas pelo seu histórico de rabo preso.

    Hugo Motta e sua família acumulam dezenas de denúncias de corrupção ao longo dos anos, escândalos que pesam sobre sua trajetória política e que explicam seu comportamento de alinhamento automático às pressões do Supremo Tribunal Federal. O silêncio calculado de Motta, diante de um tema central para a democracia, revela mais do que indecisão: é fruto de chantagem e conivência com ministros do STF, com quem mantém relações de dependência para se blindar judicialmente.

    Enquanto oposição e Centrão cobravam uma resposta, Motta se colocou ao lado da esquerda. O líder do PT, Lindbergh Farias, reforçou o argumento de que votar a anistia durante o julgamento de Bolsonaro “provocaria uma crise institucional com o STF”. O discurso foi convenientemente absorvido pelo presidente da Câmara, que decidiu priorizar outros temas na pauta, como projetos de segurança pública e combate à fome, deixando de lado a anistia.

    Na prática, Hugo Motta usa seu poder na Câmara para servir ao STF e garantir a sobrevivência de seu próprio clã político, já marcado por corrupção, compadrio e escândalos sucessivos. Sua omissão nesta terça-feira não é apenas uma escolha política: é uma manobra para se manter no jogo, às custas da liberdade e da justiça que o Parlamento deveria assegurar.


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