ALARMANTE - Risco de golpe institucional: PGR e STF tentam blindar ministros contra o impeachment e afastar controle democrático

    13/10/2025 16h22 - Atualizado há 2 horas

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer que, na prática, busca eliminar qualquer possibilidade de responsabilização de ministros da Corte por crime de responsabilidade. Isso é uma verdadeira jogada golpista.

    O documento defende que apenas a própria PGR teria legitimidade para apresentar pedidos de impeachment contra ministros do STF, afastando a participação de cidadãos e do Senado — o que, para muitos juristas, configura uma tentativa de blindagem absoluta do Judiciário e afronta direta ao princípio republicano.

    A proposta vem sendo vista com enorme preocupação por constitucionalistas, parlamentares e analistas políticos, que enxergam nela um movimento para rasgar a Constituição Federal e instaurar um sistema de poder autorreferente, sem controle ou freios institucionais.

    Blindagem total e concentração de poder

    O parecer da PGR propõe que:

    • Apenas a Procuradoria-Geral possa protocolar denúncias de impeachment de ministros;

    • Decisões judiciais e votos não possam ser considerados crimes de responsabilidade;

    • O afastamento de ministros durante o processo seja proibido;

    • E que a abertura do processo no Senado dependa de maioria qualificada — dificultando ainda mais qualquer responsabilização.

    Na prática, isso significaria que nenhum ministro do STF poderia ser processado ou afastado por abuso de poder, violação de prerrogativas ou decisões inconstitucionais — nem mesmo pelo Senado, que é o órgão constitucionalmente responsável por julgar tais casos.

    Reação e alerta de juristas

    Para diversos analistas, o movimento representa um golpe institucional silencioso, travestido de formalidade jurídica.
    A Constituição Federal de 1988 é clara ao determinar que “os ministros do Supremo Tribunal Federal serão submetidos a julgamento por crimes de responsabilidade perante o Senado Federal”.

    Entretanto, o novo parecer tenta redefinir unilateralmente o alcance da lei, retirando do povo e do Legislativo o poder de fiscalizar o Supremo.

    A ruptura silenciosa

    Nos bastidores de Brasília, cresce a percepção de que o país vive um processo de concentração de poder sem precedentes, no qual instituições se alinham para suprimir mecanismos de freio e contrapeso.

    Ao reduzir a possibilidade de questionamento, a proposta da PGR se soma a um cenário de decisões judiciais monocráticas, censuras e prisões políticas — um verdadeiro sinal de alerta sobre a saúde da democracia brasileira.

    Conclusão

    A tentativa de blindar ministros do STF contra o impeachment representa mais do que um debate jurídico: é um divisor de águas na história democrática do país.

    Se prosperar, o Brasil verá nascer uma estrutura de poder sem fiscalização, sem responsabilidade e acima da própria Constituição — exatamente o que os fundadores da República buscaram evitar.


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