Lula usa 7 de Setembro para reforçar narrativa política e atacar adversários

    06/09/2025 20h39 - Atualizado há 7 horas

    O pronunciamento feito por Luiz Inácio Lula da Silva na noite deste 6 de setembro, véspera da Independência do Brasil, escancarou mais uma vez o uso de uma data cívica em benefício de seu projeto político. Em vez de unir o país em torno de símbolos nacionais, Lula preferiu transformar a celebração em um palanque para críticas à oposição, ataques aos Estados Unidos e propaganda de programas sociais.

    Retórica inflamada

    Em rede nacional de rádio e TV, o presidente centrou seu discurso na chamada “defesa da soberania nacional”. O termo, repetido à exaustão, foi utilizado como escudo retórico para encobrir problemas internos do governo. Ao acusar opositores de “traidores da pátria”, Lula resgatou um tom de confronto que divide ainda mais a sociedade brasileira em pleno 7 de Setembro.

    Promessas questionáveis

    Entre os anúncios, destacou-se a promessa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida, porém, foi vista por especialistas como impraticável sem que haja compensações claras no orçamento. O próprio governo, até aqui, não apresentou estudos consistentes sobre o impacto da proposta nas contas públicas. Soa mais como manobra populista do que como política fiscal responsável.

    Distração diante da crise

    Ao enfatizar programas como o Pé-de-Meia e citar avanços do Pix, Lula tenta criar uma cortina de fumaça para esconder indicadores econômicos preocupantes: desemprego em alta em várias regiões, queda de confiança do empresariado e crescimento pífio. Enquanto isso, evita mencionar problemas de segurança, escândalos em ministérios e a paralisia em reformas estruturais.

    Ataque aos EUA

    Outro ponto polêmico foi a insistência em culpar os Estados Unidos pelo “tarifaço” aplicado a produtos brasileiros. Ao invés de buscar soluções diplomáticas efetivas, Lula preferiu reforçar o discurso de antagonismo externo, transformando o Brasil em vítima eterna e mantendo viva a retórica de embate contra potências estrangeiras.

    Um 7 de Setembro marcado pela divisão

    A data que deveria simbolizar independência e união nacional foi novamente sequestrada por um governo que aposta no conflito como ferramenta de sobrevivência política. Ao utilizar o horário nobre da televisão para transformar o 7 de Setembro em ato de campanha, Lula reforça a imagem de um líder mais preocupado em manter narrativas do que em oferecer soluções reais aos brasileiros.


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