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23/12/2022 às 18h52min - Atualizada em 23/12/2022 às 18h52min

SINAIS DE CATÁSTROFE: Incerteza sobre condução da economia em 2023 abala confiança de empresários e consumidores

SINAIS DE CATÁSTROFE: Incerteza sobre condução da economia em 2023 abala confiança de empresários e consumidores

A incerteza em relação à economia está em alta e a confiança de empresários e consumidores, em baixa. As indefinições sobre o cenário das contas públicas e a equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que começa dia 1.º de janeiro, são os principais fatores que alimentam esse comportamento.

Bancos, consultorias e corretoras não esperam uma forte redução na taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, para 2023. O ponto médio (mediana) das expectativas publicadas nesta semana pelo boletim Focus está em 11,75%. “E se as incertezas predominarem, podemos ter uma forte alta”, alerta o head de núcleo de pesquisas da TC, Orleans Martins.

Uma das fontes de preocupação está com a situação do teto de gastos, que pode contribuir para pressionar o endividamento público do país – que recua desde 2021. Em outubro, a dívida bruta correspondia a 75,1% do PIB, segundo o Banco Central, e o Ministério da Economia estima que ela terminará o ano em 73,7%.

Já existia no mercado a expectativa de aumento do endividamento nos próximos anos, para além de 80% do PIB. As negociações da PEC fura-teto – que por fim permitiram um gasto de quase R$ 170 bilhões além dos limites originais do teto de gastos em 2023, além da substituição da política fiscal no ano que vem – reforçam o pessimismo.

“Os juros funcionam como uma trava para os negócios e vêm contaminando as expectativas”, diz o gerente de análise econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Azevedo.

Ele aponta que, no caso da indústria, esse cenário de menor confiança pode se refletir em menos investimento, menos contrações e produção menor. Nos 12 meses encerrados em outubro, o setor registra uma retração de 1,4% na produção, comparativamente ao período anterior, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O impacto maior acontece em segmentos que dependem mais do crédito”, complementa Azevedo.

Outro fator que afeta o humor de empresários e consumidores é o desaquecimento da atividade econômica. Se, para 2022, as expectativas sinalizam para um crescimento perto ou ligeiramente superior a 3%, para o próximo ano, o ponto médio (mediana) das projeções no boletim Focus está em 0,79%.

O cenário não é dos mais favoráveis, afirma a coordenadora de sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV), Viviane Seda Bittencourt: “Já está precificado que 2023 vai ser um ano mais desafiador, especialmente do lado fiscal. O governo terá dificuldades em atuar como indutor da economia, o que limita a expansão da atividade”.

A FGV detectou, em novembro, a maior queda de confiança empresarial desde março de 2021. “A segunda queda consecutiva de ambos os indicadores confirma a fase de desaceleração do nível de atividade no quarto trimestre e capta projeções pessimistas em relação aos próximos meses”, cita a entidade.

O índice apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV caiu 6,7 pontos em novembro, para 91,5 pontos, o menor nível desde fevereiro. Índices acima de 100 refletem confiança empresarial, enquanto números abaixo de 100 refletem falta de confiança.

*GazetaDoPovo

 
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