Decreto coloca 189 pessoas à disposição de Janja

    13/10/2025 18h50 - Atualizado há 3 horas

    O que era apenas uma percepção se consolidou em decreto: o Brasil, sob o regime petista, deixou de ser uma república e passou a ser governado como se fosse um império decadente. No centro do trono, o Luiz Inácio Lula da Silva. Ao seu lado, a Rosângela “Janja” da Silva, elevada ao posto de uma espécie de imperatriz moderna — com direito, agora, a nada menos que 189 servidores públicos à sua disposição, por força do Decreto nº 12.604/2025.

    Um decreto que rasga o bom senso

    Com a caneta de ouro nas mãos e o povo arcando com a fatura, Lula assinou um decreto que permite que toda a estrutura do Gabinete Pessoal da Presidência da República — composta por quase duas centenas de cargos comissionados — atenda diretamente a sua esposa em suas “atividades de interesse público”.

    É a institucionalização de uma prática abusiva: transformar a Primeira-Dama em autoridade política sem qualquer voto, sem cargo, sem função pública, mas com acesso irrestrito a verbas, pessoal, logística, segurança e prestígio do Estado. Uma “Rainha da Simpatia”, agora oficializada com aparato de Estado.

    Brasil para poucos. Contas para todos.

    Enquanto milhões de brasileiros enfrentam filas no SUS, desemprego crescente e aumento na carga tributária, Janja desfila pelos corredores do poder com um séquito de servidores públicos. Tudo custeado por um Tesouro já combalido — fruto de um governo que parece tratar o dinheiro do povo como propriedade privada.

    É a repetição da velha fórmula petista: aparelhar, inflar estruturas, nomear aliados, institucionalizar privilégios com ares de naturalidade. Afinal, para os novos nobres do Planalto, o Estado existe para servi-los, e não para servir ao povo.

    A república das vaidades

    O decreto que alça Janja à condição de figura oficial dentro do Gabinete Pessoal da Presidência simboliza o colapso ético de um governo que não esconde mais seu autoritarismo palaciano. É a república que se curva à vaidade de uma primeira-dama obcecada por visibilidade e poder, respaldada por um presidente que governa como se tivesse imunidade moral e impunidade jurídica.

    Na prática, o que se vê é a transformação do Planalto em corte real, onde bajuladores substituem técnicos, onde cargos são moeda de troca, e onde o povo brasileiro — esse sim, o verdadeiro chefe da Nação — se torna cada vez mais súdito e menos cidadão.

    A elite do retrocesso

    Não há nada de “popular” em um governo que prioriza o luxo do poder enquanto a população afunda na inflação, no endividamento e na desesperança. Não há nada de “democrático” em um regime que concentra poderes em figuras não eleitas, mas orbitantes do círculo íntimo do rei.

    A “elite” que o PT dizia combater foi, na verdade, substituída por uma nova oligarquia, vermelha e voraz, que usa a máquina estatal como extensão de seus caprichos.

    Reflexo de um projeto de poder

    Este decreto é apenas mais um capítulo do projeto de poder petista, que não reconhece limites institucionais, muito menos respeito à austeridade com a coisa pública. O Estado virou palco de vaidades, a burocracia uma massa servil, e o povo? O povo é lembrado apenas nos palanques e nos programas assistencialistas que sustentam o populismo.


    Notícias Relacionadas »
    Comentários »
    Comentar

    *Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://bnbrasil.com.br/.
    BN Brasil Publicidade 1200x90