Os Estados Unidos reforçaram nesta semana o alerta máximo em relação à Venezuela, ampliando as restrições de viagem e aumentando a presença militar no Caribe. A medida ocorre em meio à escalada de tensões entre Washington e o regime de Nicolás Maduro, que respondeu mobilizando milhões de milicianos.
O Departamento de Estado dos EUA reiterou, em 12 de maio de 2025, o nível 4 de alerta para a Venezuela, recomendando que cidadãos norte-americanos deixem imediatamente o país e evitem qualquer deslocamento ao território venezuelano.
O comunicado cita riscos severos, como detenção arbitrária, tortura, terrorismo, sequestros, violência urbana e colapso da infraestrutura de saúde.
O governo norte-americano ainda destacou que não mantém representação diplomática ativa em Caracas, o que impossibilita oferecer auxílio consular a cidadãos em situação de emergência.
Paralelamente ao alerta, a administração Trump intensificou a pressão militar contra Maduro. Três destróieres equipados com sistemas de mísseis Aegis — USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — foram enviados para águas internacionais próximas à Venezuela.
A operação, que conta também com aeronaves de vigilância e ao menos um submarino, é apresentada como parte da estratégia americana de combate a cartéis de drogas classificados como “organizações terroristas globais”.
O regime chavista reagiu com retórica inflamada. Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em defesa do território e acusou os EUA de promoverem uma “agressão imperialista” contra a soberania venezuelana.
Analistas apontam que, embora a mobilização tenha caráter simbólico, a escalada evidencia um cenário de risco real de confrontos e aprofunda o isolamento internacional da Venezuela.
Especialistas alertam que a combinação de sanções econômicas, isolamento diplomático e movimentações militares pode colocar a América Latina diante de uma nova crise de segurança.
Países vizinhos, como Colômbia e Brasil, acompanham com preocupação, diante da possibilidade de fluxos migratórios ainda maiores e instabilidade regional.