52 dos 59 deputados devem votar a favor do projeto, diz deputado
O deputado federal Fabio Schiochet (União-SC) explicou em entrevista ao programa Alive os motivos da federação União Progressista para desembarcar do governo Lula. A decisão, anunciada na terça-feira (2), é, segundo ele, fruto de um “sentimento que foi se criando dentro da bancada” em busca de coerência com sua base eleitoral e visando um posicionamento político guinado mais à direita.
Schiochet, que também é presidente do conselho de ética da sigla, confirmou que o partido exigiu que todos os seus filiados que ocupam cargos de primeiro ou segundo escalão no governo federal entreguem seus postos até o dia 1ª de outubro, sob pena de expulsão.
Ele citou nominalmente o ministro do Turismo, Celso Sabino, que é deputado federal pelo partido, como um dos que deverão deixar o cargo. O deputado ressaltou que a decisão não atinge indicações de outros partidos ou de membros licenciados, como o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que é ligado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
O parlamentar também abordou o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, uma das pautas que ganharam força com o desembarque do União Brasil e do Progressistas do governo.
Schiochet demonstrou apoio à proposta e afirmou que a sigla entregará um número expressivo de votos a favor da anistia. “Depois do PL, o União é o partido que mais vai entregar votos pela anistia”, disse, estimando que 50 a 52 dos 59 deputados do partido votarão a favor do projeto.
O deputado ainda indicou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como um dos nomes para a pré-candidatura do União Brasil à presidência, reforçando a nova direção política da legenda.
A decisão da federação veio uma semana após o presidente Lula ter cobrado fidelidade de seus ministros e criticado os presidentes dos dois partidos, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), em uma reunião ministerial.