Sanções americanas contra o Brasil expõem insatisfação com práticas políticas do PT e de Alexandre de Moraes

    04/09/2025 17h25 - Atualizado há 6 horas

    Em missão a Washington para tentar reduzir as tarifas impostas ao Brasil, um grupo de empresários brasileiros se reuniu nesta quarta-feira (3) com Christopher Landau, número 2 do Departamento de Estado dos Estados Unidos. A expectativa era destravar o diálogo comercial, mas a resposta americana frustrou os interlocutores: segundo Landau, as sobretaxas de 50% aplicadas ao Brasil são de natureza política — e não econômica.

    O vice-secretário foi categórico ao afirmar que as razões para as sanções estão descritas no decreto do ex-presidente Donald Trump, que justificou a medida como reação à “caça às bruxas” conduzida pelo regime petista contra Jair Bolsonaro e às decisões arbitrárias do Alexandre de Moraes.

    Embora não tenha citado nominalmente Bolsonaro, Landau deixou claro que a principal fonte de atrito está no comportamento político e judicial adotado no Brasil: decisões do STF que, segundo Washington, configuram censura a empresas e cidadãos americanos.

    Empresários pressionados a agir internamente

    Participaram do encontro o presidente da CNI, Ricardo Alban, o representante da Amcham, Abrão Neto, e o ex-diretor da OMC, Roberto Azevêdo. De acordo com relatos, Landau aconselhou os empresários a pressionarem as autoridades brasileiras, reforçando que o problema não se resolverá apenas pela via diplomática, mas exige mudanças de postura política no Brasil.

    “O diálogo precisa passar por questões políticas”, disse Landau, numa referência direta ao regime Lula (PT), que já declarou não estar disposto a rever sua linha de atuação nesse campo.

    Sem alívio imediato, mas com recado claro

    Ricardo Alban confirmou o teor da reunião e admitiu que não há expectativa de redução das tarifas no curto prazo. No entanto, destacou que o encontro abriu um novo caminho de diálogo, especialmente em torno da regulação das big techs.

    Para Alban, a fala de Landau deixa evidente que a pressão americana busca “um alívio” à situação de Bolsonaro, alvo de julgamentos conduzidos por Alexandre de Moraes no STF. O presidente da CNI se comprometeu a levar o recado ao governo brasileiro, reconhecendo que as sanções são, antes de tudo, uma mensagem política clara contra os rumos adotados pelo regime petista e pelo ministro do Supremo.


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