O senador Jorge Seif (PL-SC) fez um discurso contundente na tribuna do Senado, nesta quarta-feira (3), denunciando a demora intencional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em julgar a ação que pede a cassação de seu mandato. O parlamentar afirmou já existir uma série de provas que demonstram sua inocência, mas que, mesmo assim, permanece sendo mantido sob constante pressão política.
“Não quero perder meu cargo, mas eu quero ser julgado! Estou pedindo e implorando: ministra Cármen Lúcia, me julgue! Já vieram, pela terceira vez, provas negativas de que eu não cometi crimes, e vocês continuam com essa espada na minha cabeça. Livrem-me disso! Eu quero ser julgado pelo TSE. Estou aguardando”, desabafou Seif, em tom de apelo.
A acusação contra o senador alega suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022, apontando o uso de bens e serviços de empresários catarinenses, entre eles Luciano Hang, dono da Havan. No entanto, até o momento, todas as diligências e investigações têm resultado em provas favoráveis ao parlamentar e ao empresário, o que evidencia uma ação de natureza política, e não jurídica.
Em abril de 2024, o TSE converteu o julgamento do processo em diligência, determinando a “complementação de provas”, em uma clara tentativa de prolongar a incerteza sobre o futuro do senador. Para aliados, a estratégia tem como objetivo desgastar lideranças conservadoras de Santa Catarina, submetendo-as a um processo de perseguição judicial contínuo.
Tanto Jorge Seif quanto Luciano Hang têm sido alvos frequentes de ações judiciais e ataques políticos, que, segundo seus defensores, buscam criminalizar o apoio empresarial a candidatos de oposição ao atual regime. O senador reforçou que não teme ser julgado, mas que exige o fim da indefinição que ameaça sua carreira política e fere o direito fundamental ao devido processo legal.
